WSBK, Guim Roda (Kawasaki): “Estamos a maximizar o material que temos”

Por a 30 Agosto 2024 12:00

A caminho da segunda parte de 2024, Guim Roda partilha os seus pensamentos sobre o desempenho da sua equipa até agora e o que podemos esperar da sua nova e excitante colaboração com a Bimota para 2025.

Com o WorldSB 2024 a entrar na segunda metade do ano, foi uma boa altura para reunir vários representantes de todo o paddock para saber o que pensam sobre a primeira metade da época. 2024 já foi um ano vitorioso para a Kawasaki, com Alex Lowes (Kawasaki Racing Team WorldSBK) e o diretor de equipa Guim Roda a mostra-se satisfeito, apesar das limitações que a equipa enfrenta com a potência do motor. Roda deu uma visão geral de 2024, comentou o que poderia ter sido se Jonathan Rea tivesse ficado e deu uma ideia da primeira grande mudança visual para o projeto Bimota de 2025.

“É sempre mais confortável trabalhar quando a expetativa é menor e, com certeza, com um hexacampeão do mundo na equipa, a expetativa é super elevada e isso coloca muita pressão no trabalho. Fazendo o mesmo trabalho ou um trabalho muito bom este ano, temos sido mais conservadores nas expectativas, o que faz com que os resultados que alcançamos sejam dignos e as pessoas estejam mais felizes, uma vez que estão a caminho do objetivo que estabelecemos no início do ano. Há uma pressão quando se pega num piloto como o Jonny, o Toprak ou o Alvaro, que já foram Campeões do Mundo, e eles não podem ser menos do que isso. Com o Alex, estamos a construir um bom e sólido ponto de partida e também com o Axel, por isso vamos ver onde podemos chegar.”

Definindo os objectivos para o novo recruta “El Bocia”, Roda acredita que um pódio está ao seu alcance:

“Um objetivo realista para Axel poderia ser um pódio, porque não? Ele está a mostrar mais velocidade, passo a passo. Tem a capacidade de ser rápido, mas ainda precisa de aprender quando e como. Está no bom caminho, com muitas corridas pela frente e, quando as temperaturas arrefecerem, teremos um pouco mais de possibilidades. Quando perdemos a aderência dos pneus, não conseguimos tirar o máximo partido da mota, porque perdemos aderência nas curvas e é difícil tirar partido da potência do motor. Com boas condições de aderência, podemos extrair todo o potencial do chassis e da moto e porque não, nas próximas rondas, dar mais um passo e estar mais perto. Em Portimão, nas condições de calor, estivemos perto dos primeiros e estamos a trabalhar de forma positiva. Vamos ver o que podemos fazer”.

Falando sobre 2025 e o projeto Bimota, Roda não adiantou muito, mas deu-nos algo a perceber:

“A moto não vai ser verde! Vai ser uma máquina agradável de pilotar e tenho a certeza que os fãs vão gostar muito deste desafio que a Kawasaki decidiu aceitar. Trazer uma nova marca para o Campeonato e concentrarmo-nos na Superbike, mas não posso explicar muito mais do que isto. Haverá melhorias na equipa e teremos mais áreas para cobrir com novas funções, mas isto está ligado a encontrar as pessoas certas para as cobrir, o orçamento… temos uma lista de desejos para melhorar, mas temos de trabalhar passo a passo com a Kawasaki e os patrocinadores para ver como é possível crescer.”

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Ricardo Ferreira
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