WSBK, Álvaro Bautista ‘Não acho que o Toprak precise de ser penalizado’

A regra de equilíbrio, que foi introduzida em 2018 e foi ajustada várias vezes desde então, funciona bem no geral. Com algumas excepções, assistimos a corridas emocionantes e os fabricantes que não conseguem recuperar o atraso recebem concessões especiais para o desenvolvimento do motor e/ou do quadro.

Enquanto a Honda ainda está irremediavelmente atrás da atual CBR1000RR-R no ano 5, a BMW deu o salto para o topo graças a Toprak Razgatlioglu. O turco foi tão dominante em Inglaterra recentemente que os seus adversários já estão a pedir uma redução das rotações.

Em declarações, segundo o site https://www.speedweek.com, Álvaro Bautista falou sobre o recente desempenho da BMW e de Toprak.

– Quando Jonathan Rea ganhou várias corridas no passado, muitos pilotos reclamaram e disseram que sua moto precisava ser desacelerada e um piloto é mais rápido do que eu, por qualquer motivo, seja por causa da moto ou porque ele é melhor, nunca me ocorreria que ele deveria ser penalizado por isso. Não acho que o Toprak precise de ser penalizado porque trabalhou muito para chegar a este nível. O nosso problema é que não estamos a realizar o nosso potencial. Mas a solução não é penalizar o piloto que é mais rápido. Talvez a minha mentalidade se deva ao facto de vir de um campeonato diferente. Lá, a mentalidade é que é preciso trabalhar para recuperar o atraso. Aqui, um piloto mais rápido tem de ser penalizado para poder acompanhar os outros. Mas devia ser ao contrário. Porque é que a velocidade de um piloto bem sucedido é reduzida? O desporto é assim. O meu problema não é o que os outros pilotos conseguem com os seus construtores. O problema sou eu, porque não estou a atingir o nível que poderia atingir com a minha moto.

Acrescentou ainda sobre a regra do peso: ‘Sinto-me penalizado. Porque é que um piloto leve é penalizado? Concordo que é preciso ajudar os construtores que estão em dificuldades. E não penalizar os mais rápidos – mas eu estou a ser penalizado. Os problemas que tenho com a moto não me estão a ajudar a continuar a correr. Vamos ver, temos de encontrar algo para que eu possa pilotar a moto da forma que quero. Depois de Most teremos mais tempo e então poderei tomar uma decisão. Para mim, não se trata tanto de ganhar, mas sim de me divertir com a mota. De momento, não me estou a divertir. Se me divertir e conseguir conduzir da forma que quero, então posso definitivamente lutar por bons resultados. Isso é impossível sem uma boa sensação.’

Imagem:© Randy van Maasdijk & RvM Photography

Miguel Fragoso

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