Supersport: Regras especiais para a Ducati, MV Agusta e Triumph em 2022

Por a 29 Dezembro 2021 11:00

Para o Campeonato do Mundo de Supersport de 2022, a FIM tem que desenvolver novos regulamentos técnicos para que a Ducati 955 V2, a Triumph Street Triple 765 RS e a MV Agusta F3 800 possam participar. O primeiro rascunho está pronto.

Com regulamentos mais abertos, a FIM, como autoridade máxima do desporto motorizado, quer tornar o Mundial de Supersport acessível a mais marcas e moto. Porque, pelo menos desde que a Honda se retirou do campeonato após a temporada de 2020, o campeonato tornou-se num verdadeiro “ Troféu Yamaha”, com a participação da Kawasaki e MV Agusta. A Yamaha está invicta neste campeonato do mundo desde 2017!

No futuro, motos de grande volume como a Ducati 955 V2 irão competir com as clássicas motos superdesportivas de quatro cilindros de 600 cc, e com as motos de três cilindros MV Agusta F3 800 e Triumph Street Triple 765 RS.

Assim, na temporada de 2022, a FIM buscará uma abordagem em duas frentes. Enquanto as motos anteriores competirão sob regras praticamente idênticas – a Yamaha R6 serve como referência para a harmonização – os regulamentos para as motos de maior cilindrada serão reescritos. A FIM chama ‘temporária’ a essa categoria de “Supersport Next Generation”. A partir de 2023, as mesmas regras serão aplicadas a todas as motos.

Alguns números-chave foram revelados:

  • Um novo peso mínimo para piloto e moto de 242 kg, que também se aplica à série 600 tradicional. O peso da moto deve ser entre 161 e 173 kg. Se a cilindrada for maior, o peso total não será relevante.
  • Os diferentes conceitos de motor refletem-se no número permitido de motores: até 600 cc um motor só precisa ‘sobreviver’ a 2,5 corridas, até 799 ccm deve durar pelo menos 3 corridas e de 800 cc a 3,5 fins de semana.
  • Levará ainda várias semanas até que a velocidade seja fixada com precisão; testes extensivos de banco de ensaio estão a decorrer.
  • Semelhante ao Campeonato do Mundo de Superbike, é estabelecido um algoritmo que verifica o equilíbrio das motos durante a temporada. A rotação do motor ou outros parâmetros, podem ser ajustados após cada três finais de semana de corrida. Esta fórmula inclui, entre outras coisas: o tempo de volta em comparação com todos os concorrentes, valores de velocidade máxima, número de motos idênticas, potencial do piloto, resultados da corrida, voltas anteriores, duração da corrida e o efeito dos ajustes anteriores. O esquema é complexo e outros fatores podem ser adicionados a qualquer momento.
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Ricardo Ferreira
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