SBK, Opinião: ‘Alvarito’ assusta Jonathan Rea

Por a 18 Março 2019 16:20

Competição marcada por um profundo bocejo nos últimos anos, o Mundial de Superbikes acordou, em 2019, da profunda hibernação em que se encontrava e que já fazia os responsáveis da Dorna ‘trepar’ paredes nos seus escritórios em busca de soluções competitivas para a série que promovem.

Aconteça o que acontecer Álvaro Bautista já é o vencedor desta época. Isto porque após um intenso domínio de Jonathan Rea e a Kawasaki, finalmente este binómio à prova de tudo foi colocado em sentido como nunca havia acontecido a partir de 2015, ano em que esta dupla começou a governar o Mundial.

Autores desse feito são precisamente Álvaro Bautista e Ducati, por intermédio da nova Panigale V4 R, máquina concebida na estrutura liderada pelo génio de Gigi Dall’Igna, esse mesmo o das invenções em MotoGP. O fazer acreditar a todos que acompanham o campeonato que a Kawasaki é capaz de perder de forma sistemática, merece só por si uma medalha. Jonathan Rea bem tenta manter calma nas declarações produzidas para a imprensa, mas é impossível bem lá dentro da sua ‘alma’ não estar preocupado com o que aconteceu em Phillip Island e Buriram.

Nestas duas rondas já disputadas, e ao estar 100% vitorioso, ‘Alvarito’ tem mostrado uma extraordinária classe ao mesmo tempo que exibe uma forma que se calhar, mesmo aos 34 anos, ainda poderia permitir continuar a competir em MotoGP. Isto ao invés de figuras como Karel Abraham que pouco ou nada acrescentam ao campeonato, à excepção do camião de notas que trazem para as suas equipas. Por algum motivo após a grande exibição, no ano passado em Phillip Island, com a Ducati oficial, que a estrutura de Borgo Panigale pensou no homem de Talavera de la Reina para ocupar a vaga de Jorge Lorenzo. A escolha acabou por recair no já contratado Danilo Petrucci.

Outra teoria que Álvaro Bautista está a ajudar a desmontar é que o Mundial de Superbikes, nos tempos mais recentes, é o cemitério dos pilotos de MotoGP. Nada mais errado. Quando motivados e com uma máquina muito competitiva em mãos, estes homens mostram que conseguem, apesar das devidas diferenças entre os dois tipos de motos,  bater o pé aos patriarcas da pilotagem em motos derivadas de série. Jonathan Rea que o diga….

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Alexandre Melo
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