A continuação de uma das mais ferozes rivalidades de sempre nas SBK está marcada para o icónico Circuito de Barcelona-Catalunya, onde surpresas estão muitas vezes à espreita

O Campeonato Mundial de Superbike Motul 2021 chegou a um nível febril e, em vésperas da ronda Hyundai, a feroz batalha pelo título entre Toprak Razgatlioğlu (Yamaha Pata com Brixx) e Jonathan Rea (Kawasaki Racing Team) atingiu um novo nível em Magny-Cours, na sequência de um protesto da Kawasaki contra a vitória de Toprak na Corrida Tissot Superpole por uma infracção dos limites da pista na última volta.

Rivais em pista e agora com as equipas numa rivalidade intensa fora dela, este pode muito bem ser mais um fim-de-semana clássico para o que se está a tornar uma das maiores rivalidades nas SBK.

Com uma vantagem de sete pontos no fim-de-semana da Catalunha, Toprak Razgatlioğlu conseguiu quebrar o impasse em Magny-Cours, tendo nivelado em pontos com Rea depois de Navarra.

Um Toprak combativo lutou contra tudo o que Rea lhe atirou em Magny-Cours, com os dois envolvidos numa volta final espetacular na Superpole e um início implacável na Corrida 2, onde nenhum deles cedeu.

No ano passado, na Catalunha, foi um fim-de-semana para esquecer para Razgatlioğlu, considerado inapto após um acidente no Warm-Up. O colega de equipa Andrea Locatelli está em forma, terminou as suas últimas 12 corridas dentro dos cinco primeiros e dirige-se para o lugar onde conquistou o título SSP 2020.

Mesmo atrás de Razgatlioğlu, Jonathan Rea dirige-se para a ronda de casa da KRT, com a oficina a um passo da pista.

Rea obteve a vitória na Corrida Tissot Superpole em Magny-Cours, a sua primeira vitória desde Assen na Corrida 2, mas sabe que vai precisar de pontos de corrida completos se quiser parar Toprak.

Rea está a pressionar para manter a sua coroa por um sétimo ano consecutivo, e embora depois de oito rondas, já não lidere a classificação, dirige-se para uma pista onde ganhou em 2020.

Do outro lado da garagem, o companheiro de equipa Alex Lowes pretende recuperar após ter caído do terceiro lugar na Magny-Cours, tanto na Corrida 1 como na Corrida 2. O nono, sétimo e oitavo foram os resultados na Catalunha de Lowes em 2020; ele espera que 2021 seja melhor.

Terceiro no Campeonato, mas 72 pontos atrás, Scott Redding (Ducati Aruba) precisará de uma Catalunha forte e de algum azar para os seus rivais, se quiser ter uma hipótese realista do título.

Segundo lugar na Catalunha na Corrida 1 na temporada passada e com a Ducati a vencer na Corrida 2, o potencial está lá para Redding ter um fim-de-semana forte numa pista que ele conhece bem.

O companheiro de equipa Michael Ruben Rinaldi foi um líder de corrida na pista em 2020, antes de ser forçado a retirar-se da liderança na Corrida 2. O italiano teve uma Magny-Cours mista com uma quarta e sétima posições na Corrida 1 e 2 respetivamente e irá em busca de um pódio, o seu primeiro desde a Superpole de Assen.

A batalha das BMWs está mais uma vez em força, com Tom Sykes (BMW Motorrad) e o companheiro de equipa Michael van der Mark a terem fins-de-semana contrastantes em Magny-Cours. Sykes esteve na primeira fila, mas não conseguiu capitalizar, enquanto van der Mark saiu da terceira fila e deitou abaixo os cinco primeiros da Corrida 1. Agora separados por apenas cinco pontos no Campeonato, ambos chegam a um circuito onde a BMW teve a sua melhor ronda de 2020, com um duplo top sete na Corrida 2. Sykes foi quinto, enquanto que van der Mark venceu a Superpole Race em 2020 e ficou em segundo na Corrida 2.

Houve um ponto de viragem significativo para a Honda em Magny-Cours, com ambos os pilotos a correrem bem dentro dos dez primeiros durante a maior parte do fim-de-semana.

Leon Haslam (Team HRC) ficou com o seu melhor resultado da Superpole da época e apoiou-o com mais dois nos dez primeiros, enquanto Álvaro Bautista ficou com um sexto e um sétimo lugares, vindo do 14º lugar da grelha.

O potencial existe para a Honda, e foi bem demonstrado também na Ronda Catalã de 2020, com Bautista a liderar brevemente a Corrida Superpole antes de uma queda.

Com resultados positivos de um teste privado em Jerez, onde testaram peças de desenvolvimento para 2022, a HRC poderia estar na frente em Barcelona.

A batalha Independente continua na Catalunha, com Garrett Gerloff (Yamaha GRT) na esperança de poder reacender alguma magia na pista em que subiu ao primeiro pódio em 2020.

O americano tem sido um pouco subjugado, mas pode muito bem estar no ritmo em Montmeló. Chaz Davies (Team GoEleven) estava de volta aos cinco primeiros em Magny-Cours e dirige-se para uma pista onde foi vencedor em 2020, enquanto Axel Bassani (Motocorsa Racing) espera continuar a sua competitividade entre os dez primeiros.

Lucas Mahias (Kawasaki Puccetti) pretende regressar aos dez primeiros após um 13º lugar em casa, enquanto que Kohta Nozane regressa a um circuito que conhece, tendo testado na pista no início do ano.

47 pontos cobrem Gerloff a Bassani, enquanto que apenas nove dividem Mahias e Nozane.

Tendo sido declarado inapto em Magny-Cours, Isaac Viñales (ORELAC Racing VerdNatura) está de volta na Catalunha, enquanto Christophe Ponsson (Gil Motor Sport – Yamaha) sai de uma forte ronda francesa e espera continuar em Espanha. Jonas Folger (Bonovo MGM Racing) é o próximo e quer estar de volta às posições de pontuação num circuito em que foi o estreante mais rápido nos testes no início de 2021 e onde fez a sua estreia nas SBK em 2020.

Leandro Mercado (MIE Racing Honda Team) fará a sua primeira aparição em SBK na Catalunha e Loris Cresson (OUTDO TPR Team Pedercini Racing) tem pontos na sua mira.

Tem ao seu lado um novo colega de equipa em Lachlan Epis, o australiano que faz a sua estreia em SBK.

Tito Rabat e a Barni Racing Team separaram-se por mútuo acordo, com Samuele Cavalieri a substituí-lo para o resto da temporada.

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