CNV, 2020: As Supersport 300, uma classe a seguir
O que acontece às ex-motos do Mundial de Supersport 300 quando são substituídas? Encostam ou regressam à estrada, para a qual foram concebidas originalmente?
Não, vêm para Portugal, dinamizar a nossa própria versão de um dos mais espetaculares e acessíveis novos Campeonatos Mundiais das últimas décadas.
As Yamaha R3 e Kawasaki Ninja 400 abundam no nosso Campeonato de SSP300, por agora a correr junto com as Pré-Moto3, no seu terceiro ano após um começo tímido em 2018 com 7 concorrentes, mas ainda por “ganhar asas” e ter a sua grelha independente.
Isto pode não ser tão mau como soa, porque com as Pré-Moto3 reduzidas a umas 3 motos em pista, a classe mais recente está a viabilizar a outra, cujas corridas ainda o ano passado contavam com 9 motos e dificilmente se realizariam agora com 3 motos inscritas, e decerto não contariam para Campeonato.
Por outro lado, com os seus cerca de 44 cavalos depois de preparadas, as pequenas SSP300 vivem bem em pista com as Pré-Moto3 que debitam cerca de 50, mas com as suas trajetórias mais apuradas de moto de Grande Prémio até ensinam alguma finesse às Moto3 que são baseadas em motos de produção e portanto algo mais pesadas e limitadas de chassis.
No caso, algumas das 13 motos vieram do Campeonato Espanhol ou mesmo do Mundial, já com a maior parte do “trabalho de casa” feito, como nos confidenciou Jorge Duarte, da Lacomoto, tanto patrocinador da MS Racing Junior Team, que alinha com 4 pilotos, como pai de um, o Miguel Santiago, que conta com a ex-moto do Campeão Andy Verdoia e por sinal foi a única desistência da corrida do Estoril.
Da formação, Afonso Almeida foi o mais bem classificado, em quarto na classe e 6º na geral da sua corrida ganha, em termos da classe, pela também Yamaha R3 do Stand Os Putos com Pedro Fragoso, que já participou na versão Mundial como Wild Card em Portimão…
As Supersport 300 têm o mais baixo custo de iniciação no Nacional de Velocidade, com a sua preparação básica, que se resume a remoção do equipamento de estrada, plásticos mais leves, um restritor no caso da mais potente Kawasaki 400, e kits de pistão, cames e juntas e modificações mínimas às caixas de ar no caso das Yamaha R3, que perfazem a maioria da grelha- 9 das 13 motos- sendo de lamentar a ausência das KTM até agora no nosso “Nacional”.. uma classe a vigiar atentamente!