Dakar, Etapa 11, Adrien Van Beveren (3.º): “Havia uma dúzia de dromedários no meio das pistas”

Adrien Van Beveren partia para a penúltima etapa do Rali Dakar na luta pelo segundo lugar da geral com Ross Branch, mas o francês foi atrapalhado por dromedários, sendo que um deles o levou a cair.

“Havia uma dúzia de dromedários no meio das pistas. É habitual vermo-los, são animais do deserto. Foi uma das pistas muito rápidas, logo depois do reabastecimento. Quando me aproximei, foram para a esquerda, mas, quando eu estava a acelerar para passar pela direita, um deles mudou de ideias e foi para a direita da pista. Foi demasiado tarde e eu estava a ir demasiado depressa. Tentei evitar, mas havia uma grande rocha na pista e bati nela. Não sei se acertei no dromedário, mas não havia nenhum ali quando me levantei. Acho que aterrei de cabeça e dei uma cambalhota. Estava atordoado depois, mas o airbag fez um bom trabalho a proteger-me. Levantei a moto, que estava um pouco danificada, mas consegui terminar. Tive de abrandar um pouco perto do fim, mas estou OK. Estava a lutar para ultrapassar o Ross na classificação geral. Estava 50 segundos atrás de manhã e puxei durante a especial. Perdi muito tempo, mas estava a dar tudo: quando a queda aconteceu, estava a 200%. Havia muitas rochas e queria mostrar que isso não era um problema, que sou capaz de guiar pelas rochas tão bem como pelas dunas”, disse.

Amanhã, o final do 46º Rally Dakar reserva aos concorrentes a Etapa 12 (Yanbu – Yanbu) com 153 km de ligação e uma especial de 175 quilómetros. O último dia é desprovido de grandes dificuldades, mas ainda assim poderá gerar algumas mudanças em termos de classificação.

Bernardo Figueiredo

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