Marc Coma: “A ideia foi fazer um Dakar difícil para todos, mas não inumano”
2016 será o primeiro ano em que o Dakar irá contar com Marc Coma como diretor desportivo, depois de vários anos como concorrente nas duas rodas, tendo nos seus cinco triunfos o corolário das suas participações.
Apesar das suas atuais funções, o espanhol confessou que os seus planos eram, inicialmente, outros. “Estava num ponto da minha carreira em que já corria há mais de dez anos, conseguindo cinco vitórias no Dakar e e chegava ao momento mais difícil, que era pôr um ponto final na carreira. A minha intenção era continuar mais um ano e depois tentar o salto para os automóveis. Mas não esperava que da parte da ASO me oferecessem um cargo com tanta importância e isso fez-me mudar o que tinha pensado para o futuro.”
Nesta prova já haverão algumas alterações de nota, com a mão de Coma. “Por exemplo, mudámos o tempo de partida entre as motos – de dois para três minutos -, fizemos uma etapa maratona com parque fechado no final, algo que não acontecia desde 1998, e idealizámos uma prova de difícil navegação, entre outras coisas. Acredito que se começa a perceber qual é a minha filosofia de corridas”, frisou.
“Os quilómetros totais são parecidos com as edições anteriores. Tentámos fazer um rali mais duro para os que sofrem menos, os autos e camiões. Para as motos o nível é semelhante. Há uma etapa, a segunda, em que as motos farão menos quilómetros que os autos. A ideia foi fazer um rali difícil para todos, mas não inumano”, finalizou.