Dakar, Miguel Caetano: “Divertir-me e chegar ao fim”

Por a 5 Janeiro 2019 09:49

Miguel Caetano vai realizar um sonho de uma vida amanhã, 6 de janeiro, cinco dias antes do seu 45º aniversário, ao arrancar para o Dakar. O português, dono de um restaurante tem sido sempre um apaixonado pelo desporto motorizado desde a infância, e sempre planeou participar um dia no rali mais duro do mundo.

Este ano, a espera está finalmente terminada – e para ser realmente uma estreia para recordar, vai correr sem assistência na dura classe Original by Motul. Amador confesso do Dakar, Miguel Caetano admite ser provavelmente o outsider entre os 18 cavaleiros portugueses que participam na prova deste ano.

No passado acompanhou o seu grande amigo Bernardo Vilar ao Dakar, em África, e tendo adiado por muitos anos a sua própria participação, decidiu, no final de 2017, dar finalmente o salto. Apesar de não ter participado em muitas corridas, Miguel Caetano passou meses a treinar-se física e mentalmente, e está agora determinado a chegar à meta em Lima, o que seria um presente de aniversário perfeito.

“É um sonho tornado realidade. Lembro-me de ver o Dakar na televisão quando era mais jovem e esperava um dia poder participar. Ando de moto desde os meus 12 anos e faço off road desde os 20. Eu acho que sempre estive a preparar-me para fazer o Dakar um dia. Muita gente tem interesses loucos, e esse sempre foi meu! Os meus objetivos são não me aleijar, tentar divertir-me e chegar ao fim. A minha decisão de participar na classe Original by Motul está ligada ao espírito original do Dakar.

No passado, os concorrentes deixavam França e atravessavam metade de África com meios muito limitados, sozinhos. Essencialmente, vou fazê-lo sozinho – só me é permitida a ajuda de outros pilotos da minha classe. Não vou ter um mecânico, apenas apoio da KTM Portugal para ter acesso ao material de que preciso. Tudo o que realmente temos são os nossos sonhos, e o meu grande sonho sempre foi correr com o Dakar numa moto. A vida passa muito depressa, por isso senti que este era o momento certo para o fazer, caso contrário teria sido um sonho para o resto da minha vida”.

Pelo que nos toca, toda a sorte do mundo Miguel…

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Rodrigo Fernandes
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