Dakar 2017 – A representar Portugal – Gonçalo Reis

Por a 28 Dezembro 2016 11:03

O  piloto do concelho de Sintra é uma das figuras maiores do Enduro Nacional e na sua carreira está habituado a conquistar a pulso os títulos que soma no seu palmarés. Natural de Magoito, Gonçalo Reis foi campeão Nacional na Classe Verdes em 2005 e nesse ano conquista ao serviço da seleção Nacional a medalha de prata na 80ª edição dos  ISDE que teve lugar na Eslováquia.

Em 2006 volta a estar em destaque nos ISDE que se realizaram na Nova Zelândia ao conquistar a medalha de prata. No ano seguinte Gonçalo Reis, alcança o seu primeiro título de Campeão Nacional de Enduro na classe Elite 1.

O trabalho empenhado do piloto de Sintra, volta a dar frutos em 2008, quando Gonçalo Reis, revalida o título de Campeão nacional na categoria de Elite1 e conquista assim o bicampeonato. A juntar à boa prestação interna, volta a evidenciar-se nos ISDE disputados na Grécia ao conquistar a medalha de ouro sendo 18º na classe.

Goncalo Reis

Mostrando que internamente não tem concorrência à altura, em 2009, Gonçalo Reis conquista o seu tricampeonato nacional na classe Elite 1, Lá por fora é vice campeão Europeu de Enduro na classe Enduro1 jr e nos ISDE volta a trazer uma medalha de ouro ao terminar no 12º lugar da classe.

2010, foi um ano em cheio para o piloto do Magoito que ao apostar numa temporada fora de portas, acabou por se sagrar Campeão Europeu absoluto de Enduro, a que juntou ainda o título de Campeão europeu pela Selecção nacional, 1º lugar no Troféu das Nações de Enduro. Nas competições internas, Gonçalo Reis, chegava ao tetra como Campeão Nacional da classe Elite 1.

A determinação do piloto de Sintra que faz dele um dos pilotos nacionais com mais participações em provas internacionais volta a ser revelada em 2011, quando consegue um 9º no campeonato do mundo na classe E2 enquanto nas competições internas é vice campeão nacional de Enduro.

Em 2012, Gonçalo Reis, volta a mostrar a sua classe ao sagrar-se vice campeão espanhol de Enduro, é 14º no campeonato mundial de Enduro, após ter faltado a 6 dias de prova. Internamente ganha todas as corridas do campeonato nacional de Enduro em que participou e alcança o 8º lugar na edição desse ano do Extreme de Lagares.

2013 trás o motocross à carreira de Gonçalo Reis, onde o piloto de Sintra alcança o oitavo lugar no campeonato Nacional. Já no Enduro volta a ser vice-campeão nacional na classe E1 e Absoluto. Participa nos Estados Unidos no GNCC onde termina em 11º e no Moose Run USA é 5º classificado da geral e 1º da classe.

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Em 2014, Gonçalo Reis volta a conquistar o título de campeão Nacional de Enduro de Elite e Absoluto, e no Campeonato do Mundo termina em 10º apenas com duas provas realizadas. A história repete-se em 2015, com o piloto do Magoito a conquistar mais um título de Campeão Nacional de Enduro na categoria de Elite 2 e a medalha de ouro nos ISDE ao alcançar a 30ª posição.

Já este ano, Gonçalo Reis, foi vice campeão Nacional de Enduro e começando a preparar o novo desafio da sua carreira que é o Dakar, foi terceiro classificado no Dakar Challenge e no Rally Merzouga e 10º à geral, naquela que foi a primeira prova de todo o terreno da sua carreira.

Para o Dakar o piloto de Sintra sabe bem o que quer : “Vou arriscar tudo. Trabalhei imenso para chegar ao Dakar. O meu objetivo é conseguir um contrato com uma equipa oficial, estar três anos como piloto ‘mochileiro’ e daqui a quatro anos estar em condições de atacar a vitória no Dakar”.

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Apesar de nunca ter alinhado no Campeonato Nacional de Todo o terreno, Gonçalo Reis lembra que esta não é uma vertente totalmente desconhecida. “Sempre gostei muito de Enduro pelo nunca forcei muito o TT. No entanto estou a falar que sempre tive o sonho de ir ao Dakar. Posso parecer maluco, mas desde os três anos que ando em trialeiras e montes. Sempre aprendi a ler o terreno. Tenho um pouco mais de dificuldades neste capítulo, mas o Dakar tem navegação. Na minha opinião o facto de existir navegação faz com que o Dakar seja menos perigoso do que o todo-o-terreno porque os perigos estão todos marcados. Se formos atentos não nos acontece nada ou contrário do TT onde os perigos estão à espreita. Fiz o Rali de Merzouga porque fui obrigado e correu tudo bem”.

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