CNTT, UTV/Buggy: “O melhor campeonato de TT da Europa”
Não somos nós a dizê-lo embora a definição assente que nem uma luva. Quem o disse foi Stephane Peterhansel, o piloto que há pouco mais de um mês venceu pela 13ª vez o Dakar quando, em outubro do ano passado, disputou a Baja Portalegre 500 aos comandos de um Yamaha da Categoria SSV. É esse mesmo campeonato que arranca no próximo fim-de-semana em Góis. Um campeonato que apresenta um crescimento fantástico exatamente na disciplina SSV e que promete lutas muito animadas ao longo de toda a temporada. Um campeonato com as mesmas sete provas de 2016 sendo que as duas primeiras não são realizadas a par com a competição auto do CNTT.
O defeso nos SSV tem estado a ser digno das movimentações habituais no futebol. Mudanças de equipa, novidades constantes e mais e mais pilotos. Três competições monomarca. Grande maioria de veículos novos e também alguns atrasos. Tentando elaborar uma ordem cronológica será importante regressar a 2016 que registou o lançamento dos Troféus CanAm e Polaris e à estreia de dois Yamaha na prova de abertura da temporada tal como este ano em Góis. Se os primeiros criaram uma nova realidade com um envolvimento dos respetivos construtores, incentivos e novas equipas a entrada de um terceiro player foi crescendo até aos 13 concorrentes em Portalegre que culminou com a vitória de do estreante Marco Silva.
Para 2017 a CanAm apresentou em Portalegre um novo modelo que só agora vai começar a competir, mas que já ultrapassa a duas dezenas de unidades vendidas para competição. A Yamaha viu um novo 1000R SE estrear-se na prova alentejana e no final da corrida seria Stephane Peterhansel a dar a novidade esperada: também a Yamaha teria a sua competição. Não um Troféu (porque esse já existia para Motos e Quads) mas uma Taça.
Dominadora até à data a Polaris também apresentou um novo modelo onde tentou acima de tudo melhorar e fiabilizar o 1000 Turbo lançado em finais de 2015. O problema é que este novo modelo ainda não vai estar disponível para a primeira prova onde provavelmente apenas os espanhóis Viñaras o irão utilizar. Uma situação que está a criar dificuldades aos pilotos que mantiveram a aposta na marca americana porque os obrigou a manter ou a recuperar os modelos de 2016 que já teriam outros destinos.
AS MARCAS:
Polaris: Mantém o campeão 2016 João Dias, o campeão 2011 Rui Serpa e os irmãos Teo e Roberto Viñaras. Pedro Carvalho é outra das apostas fortes assim como o regressado Sérgio Silva e António Coimbra que se estreou de SSV nas 3 Horas de Fronteira
CanAm: Com o agressivo Maverick X3 a Milfa, representante da marca em Portugal cativou pilotos Top e continua a lançar novos pilotos. No primeiro caso estão Bruno Martins (ex-Rage), o vice-campeão Pedro Santinho Mendes, o regressado campeão 2010 e 2014 Jorge Monteiro e o filho João Monteiro assim como o ex-campeão auto Pedro Grancha. Mantêm-se na CanAm Vitor Santos e Avelino Luis dois pilotos que estão sempre no lote dos mais rápidos. A mais recente novidade é Ruben Faria, mas os compromissos do atual diretor desportivo da Husqvarna não lhe permitirão disputar a totalidade do campeonato. Também Pedro Ferreira o piloto da Amarok no CNTT auto tem um X3 que deverá pilotar na Ferraria competindo o seu pai nas restantes provas.
Yamaha: Tendo em Ricardo Carvalho o seu piloto assumidamente de ponta em 2016 a marca nipónica junta agora ao seu lado o nome de Nuno Tavares campeão em 2013 quando tinha apenas 21 anos e que é garantidamente um dos mais rápidos deste fantástico pelotão. Marco Silva (vencedor em Portalegre), João Rebelo Martins (Vencedor do Desafio ACE), António e Dorothee Ferreira, Mário Franco agora com Luís Engeitado ao seu lado são alguns dos nomes a reter de entre os que vão competir com Yamaha.