MotoGP, o Top 10 de 2020: 4, Alex Rins
A maioria das pessoas tinha colocado Álex Rins como candidato ao título deste ano, mas as suas esperanças desvaneceram-se antes mesmo de as corridas terem começado
No início de 2020, aparte os candidatos óbvios como Márquez, Dovizioso ou Quartararo, um nome surgia na segunda fila dos possíveis candidatos a vitória final: Alex Rins da Suzuki Esctar.
Infelizmente, a época haveria de se revelar muito diferente: Depois de uma queda aparatosa na sessão de qualificação do Grande Prémio de Espanha que inaugurou a época, Rins deslocou um ombro e a consequente fratura e convalescença deixou-o combalido a maior parte da época.
Mesmo assim, o piloto de Barcelona de 25 anos, eterno rival de Oliveira no CEV há una anos, ultrapassou a barreira da dor para alinhar logo a seguir na Andaluzia e viria a brilhar na fase final da época, levantando a interrogação de onde teria chegado se não fosse esse cruel destino de começar a época lesionado, por duas razões:
Por um lado, a Suzuki GSX-RR nova mostrou grandes melhorias para 2020; era a melhor moto a lidar com o desgaste dos pneus Michelin e tinha as vantagens conhecidas de velocidade em curva e suavidade na saída, permitindo aos pilotos explorar as suas capacidades numa variedade de condições muito alargada, comparada, por exemplo, com a Ducati, que só funcionava nas pistas ultra-rápidas, ou com a Yamaha, que por vezes não funcionava de todo.
Por outro, Rins já tinha ganho por duas vezes em 2019, no Texas, possivelmente devido a um raro erro de Marc Márquez, mas depois em Silverstone por mérito próprio, batendo o campeão da Honda Repsol no sprint à bandeira.
A temporada que tinha começado mal, sem pontos para Rins, viu-o logo a seguir na Andaluzia fazer um esforço supremo para vencer as dores até o 10º lugar.
A seguir, a época de Rins foi de melhoria em melhoria: Poucas semanas depois na República Checa, já não foi ao pódio por pouco, com o quarto lugar.
Voltaria a não terminar na Áustria depois de lutar no pelotão da frente e acabar em sexto na Estíria, seguido de um 5º em San Marino a seguir.
Depois, na Emília Romagna, perdeu o rumo e teve outro resultado indiferente em 12º, antes de voltar com um espetacular pódio na Catalunha, a que seguiu mais uma desistência em França.
Veio depois o momento alto da sua época, quando já se começava a perceber que o seu colega de equipa Mir era o mais sério candidato ao título, pois venceu em Aragón e a seguir secundou bem o esforço de Mir com 2 segundos consecutivos em Teruel e na primeira visita a Valência.
Com esse pódio perfeito para a Suzuki, com Mir vencedor e Rins segundo, a segunda visita correu menos bem, com o quarto lugar perdendo o pódio por pouco e um solitário 15º em Portugal veria o homem da Suzuki acabar a época em terceiro a 32 pontos do seu colega de equipa triunfante.
Ao começar a época de 2021 sem lesões, a perceber melhor a moto e a sua relação com os Michelin, e sabendo que a GSX-RR é potencialmente uma moto vencedora, não só de corridas, mas a longo prazo candidata ao título, de certo Rins terá que ser considerado um dos favoritos firmes em 2021! Agora, só falta a Brivio gerir a tensão na garagem, com dois galos a lutar pelo mesmo poleiro!