MotoGP, Grã-Bretanha: As asas ‘Pokémon’ da Ducati

Enea Bastianini terminou o dia de hoje em oitavo lugar, a quatro décimos do piloto mais rápido, Fabio Quartararo. O italiano experimentou as controversas asas traseiras, que Gigi Dall’Igna decidiu colocar a título experimental nas motos da Pramac e da Gresini – asas essas que estão a provocar revolta e risos no paddock.

“A nova aerodinâmica parece estar a ajudar na travagem, embora tenhamos de analisar os dados antes de tirar conclusões”. Comentou Bastianini, considerando que ainda há muito a trabalhar. “Estamos a começar de uma boa base em comparação com a forma como terminamos a primeira parte da época.”

Após o primeiro dia em Silverstone e o oitavo lugar nas tabelas de tempos combinados, o ‘Bestia’ revela-se cautelosamente optimista. “A primeira sessão foi difícil, mas útil para voltar à moto e encontrar a sensação certa. Depois, no TL2, tentei forçar um pouco mais. A caça ao tempo funcionou muito bem, estou bastante satisfeito. Ainda não estamos 100%, mas eu diria que já demos um bom passo em relação ao final da primeira metade da temporada. O positivo é que pareço ter recuperado um pouco das sensações na frente da moto. A roda traseira ainda está um pouco instável nas curvas, então temos que trabalhar nisso. Até agora estou feliz.”

Para Fabio Quartararo, o novo apendice aerodinâmico “parece um pouco como a Velocidade Furiosa”, algo com que Bastianini não concorda em absoluto: “Vi as fotos, parece um Pokémon. Isso é bom e eu gosto do design”.

Caso se confirme no sábado que os tempos de volta e a sensação são melhores com as novas asas, o ‘Bestia’ não descarta disputar a corrida com elas. A propósito, Jorge Martin que também as experimentou nas Ducati da Pramac, falou das sensações que teve no dia de hoje:  “A moto fica um pouco mais difícil nas mudanças de direção e um pouco melhor nas retas. No final, é um compromisso, ainda temos que analisar se é melhor com ou sem asas.”

Ricardo Ferreira

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