Passeio de motos clássicas solidário juntou mais de 300 gentleman em Lisboa
Lisboa recebeu no último domingo, a iniciativa global Distinguished Gentleman’s Ride, que trouxe às ruas Lisboa os gentleman portugueses e as suas motos clássicas. Mais de 300 homens vestiram-se a rigor para percorrer as ruas da capital, com o objetivo de apoiar a investigação do cancro da próstata e que este ano contou com o apoio da Undandy, uma marca portuguesa de calçado personalizado para homem, que se juntou a esta iniciativa com a criação da “Gentleman’s Boot”, uma bota em pele castanha desenvolvida exclusivamente para apoiar o evento a nível mundial e cujo os lucros obtidos serão doados à Fundação parceira da Distinguished Gentleman’s Ride.
Este é um evento à escala global que, na edição do ano passado, reuniu mais de 37 mil participantes, todos vestidos a rigor, em 79 países e este ano participaram mais de 56 mil, que angariaram mais de 3 milhões de dólares para a investigação do cancro da próstata.
Em Portugal o evento decorreu no Algarve, Bragança, Funchal, Porto e Lisboa, que angariaram até agora mais de 9 mil euros. Na capital portuguesa o evento juntou mais de três centenas de participantes na Distinguished Gentleman’s Ride, num passeio que teve o seu início no Parque das Nações e terminou com uma volta no Circuito do Estoril.
“O balanço final é bastante positivo já que mais uma vez participamos num evento solidário e ao mesmo tempo revelamos a nossa boa disposição e o nosso distinto cavalheirismo como tem sido hábito nas edições anteriores e quando é assim tudo acontece facilmente e sem problemas”, sublinhou ao MotoSport, João Palma um dos responsáveis pelo evento da capital portuguesa.
Quem nas estradas de Lisboa e a caminho do autódromo do Estoril deu de caras com as 300 motos clássicas, de certo que não ficou indiferente à indumentária dos participantes que, no vestuário contavam com tweed, os laços e as gravatas e ainda os sapatos Undandy, a marca portuguesa de calçado personalizado para homem, patrocinadora do evento a nível global”.
“É uma maneira de estar diferente de que quem participa neste eventos da Distinguished Gentleman’s Ride, não apenas com um moto personalizada, mas também pelo cavalheirismo que passamos e verdade é que quem participa, está sempre desejoso de voltar e isso mostra o bom ambiente que se cria em torno destes eventos”.
Para os Distinguished Gentleman’s Ride é também muito importante quebrar os estereótipos negativos ligados ao mundo dos motards, razão pela qual insistem tanto na importância do bem vestir. “Os motards são mais associados às concentrações e o que fazemos não são concentrações, está longe disso e temos a consciência de que é difícil evitar isso porque toda a gente quer participar, mas nem todos têm um estilo de moto indicado e estamos a falar de motos personalizadas e isso tem sido um problema a nível global e não só em Portugal. Para além disso as roupas Gentleman’s Ride utilizam de algum rigor que ligam muito melhor com a beleza clássica das motos”.
Devido aos muitos eventos que Lisboa recebe nesta altura do ano, a iniciativa deste ano sofreu uma ligeira alteração face à dos anos anteriores. “Acabamos por optar por sairmos de Lisboa e realizar o passeio em direção ao Circuito do Estoril, onde estava a ter lugar uma prova da Federação Portuguesa de Motociclismo e onde fomos bem recebidos por todas as pessoas, foi uma alteração que as pessoas gostaram”, acrescentou João Palma.
Quanto à possibilidade de o Distinguished Gentleman’s Ride se repetir mais vezes no ano, João Palma não tem dúvidas de que se perdia parte do impacto que tem o evento. “Compreendo a ansiedade e a vontade de todos aqueles que participam e que querem voltar a estar novamente num ambiente bastante animado até porque desde a ideia original que nasceu na Austrália, até hoje, mais de 50 mil pessoas já participaram neste evento a nível global. Contudo a possibilidade de realizar mais vezes ao ano a iniciátiva não é bom já que desta forma as pessoas sabem que todos os anos no final do mês de setembro têm de marcar na sua agenda este passeio. Se fizermos com maior regularidade acaba por entrar na rotina e no meu entender perde a emoção que tem”, acrescentou João Palma que pensa já no evento de 2017.