Ensaio KTM DUKE 125 – “Atracção” Teenager

Por a 19 Julho 2017 11:13

Neste  segmento a Duke 125 é toda uma referência e quisemos perceber que tipo de sensações provoca no target ao qual está dirigida para melhor avaliarmos  o seu potencial e desempenho.

A Jetmar, importador da KTM em Portugal, simpaticamente cedeu-nos uma Duke 125 que levámos de fim de semana para testar. O objectivo era encontrar quem tivesse o perfil ideal para dar-nos uma perspectiva diferente daquela que é a nossa e que está muitas vezes já demasiado formatada por experiências e testes variados de modelos tão díspares, tornando muitas vezes  difícil ter a sensibilidade necessária para avaliar o que é realmente importante  nas suas características  e relevante à hora de optar pela compra de um determinado modelo, neste caso de menos cilindrada e dirigido a um target que não é obviamente o nosso.

E foi assim que decidimos juntar nesta análise um jovem utilizador , que usa moto no seu dia a dia para as suas deslocações e que de uma forma descontraída aceitou o desafio.

A primeira pergunta que lhe colocámos foi em torno da imagem de marca da própria KTM e se a mesma tinha relevância para a escolha da moto e se estava associada a uma imagem de qualidade á qual respondeu afirmativamente e que a imagem na competição da KTM é incontornável tanto no Todo Terreno como em Pista.

Depois perguntámos o que achava de estética e das linhas da moto, se era moderna e apelativa ou se porventura demasiado arrojada. Aqui a resposta foi algo evasiva e penso que estaria a pensar na MT da Yamaha que já me tinha comentado antes como opção de upgrade da sua actual scooter, e depois referiu que gostava de motos com uma estética um pouco mais sóbria

Logo a seguir e após um curto briefing sobre a moto demos-lhe a oportunidade  de circular na mesma, numa zona urbana mas fechada e com pouco transito para que o mesmo se sentisse à vontade e pudesse com facilidade adaptar-se à moto.

Finalmente fizemos uma pequena sessão de fotografia, aqui ilustrada e calmamente sentados no café falámos sobre a experiência. Gostou da moto obviamente mas o tempo não foi suficiente para poder ter uma opinião mais formada. Deu especiial destaque ao painel de informação que nunca tinha visto nada daquela qualidade numa 125cc. Destacou também a estética do farol na opinião dele muito conseguida.

No dia seguinte tocou-me a mim devolver a moto à Jetmar e estando em Cascais decidi fazer o percurso pela Marginal e desfrutar do fresco da manhã. No final o passeio foi excelente, com a Duke a desenvencilhar-se de forma fácil no meio das filas de trânsito, normais a aquela hora, e a permitir ao mesmo tempo apreciar a vista, coisa que em motos de maior cilindrada e pela velocidade mais alta a que naturalmente circulamos, normalmente esquecemos.

O motor é bastante rotativo e a partir das 7.000 e até às 10.000 rpm é quando se sente realmente a sua entrega de potência. Penalizada também pelo meu peso  de 87Kg a Duke mostrava alguma “preguiça” em subir de rotação mas uma vez “lá em cima” desenvolvia-se bem graças também à caixa de 6 velocidades.

O depósito é em alumínio e leva agora 13,4 litros de combustível e os consumos são irrisórios para quem está habituado a rodar em motos de maior cilindrada.  Gostei da facilidade como se conduz e da leveza do conjunto,  do painel TFT a cores de informação de altíssima qualidade, e que pode incluir o software da KTM My Ride como opção e que permite ver as chamadas no monitor assim como as faixas de música, realidade que não é nada normal numa moto deste segmento.

Apreciei também a travagem efectiva da moto com um disco de 300mm na frente e pinça flutuante de 4 êmbolos da Brybe , segunda marca da Brembo. A suspensão dianteira invertida é uma WP de 43mm com novas afinações graças a um novo cartucho aberto inserido na mesma.

A qualidade de construção é excelente e o formato do farol da frente agora em LED é o novo identificador da família Duke e também das novas KTM Super Adventure.

A certa altura, parado nuns semáforos, um brasileiro a conduzir uma carrinha, abriu a janela e perguntou-me se era uma 500 ? A Duke 125 pelos vistos aparenta mais do que é e sem dúvida que a sua estética agressiva e equilibrada não deixa ninguém indiferente. Se eu tivesse agora dezasseis anos estou certo que faria furor à porta do liceu e que as colegas iriam disputar entre si o lugar de pendura na pequena grande Duke.

Ficha técnica KTM 125 Duke 2017

Configuração de motor Motor mono-cilíndrico
Ciclo de motor  4 Tempos
Distribuição  DOHC, 4 válvulas
Refrigeração  Líquida
Cilindrada  124.7 cc
Diámetro de cilindros  58.0 mm
Curso de cilindros  47.2 mm
Taxa  de compressão  12.8 :1
Potência máxima  15.0 cv às 10.000 rpm
Torque motor máximo  12.0 Nm às 7.500 rpm
Arranque  Eléctrico
Bateria  12V
Embraiagem  Multi-disco em óleo
Activação embraiagem  Mecânica
Caixa  6 velocidades
Quadro  Multi-tubular em aço lacado
Suspensão dianteira  Invertida de WP
Diámetro  43  mm
Curso da susp. dianteira  142  mm
Suspensão traseira   Mono-amortecedor WP
Curso susp  traseira  150 mm
Travão dianteiro  Disco de de travão com 300 e pinça radial  4 êmbolos
Sistema  ABS de  canal duplo 9MB da Bosch
Travão traseiro  Disco com 230 mm com pinça flutuante de 1 êmbolo
Sistema  ABS de canal duplo  9MB de Bosch
Pneu dianteiro  110/70 ZR 17
Jante dianteira  3.00 x 17″
Pneu traseiro  150/60 ZR 17
Jante traseira  4.00 x 17″

Pesos e Medidas

Distancia entre eixos   1357 mm
Altura do assento  830 mm
Distancia ao chão   185 mm
Peso  137 Kg
Depósito  13.4 Litros
Reserva  1.5 Litros
Norma  Euro 4

PVP     4.648 euros

Concorrência

Yamaha MT 125A/ 125cc / 15cv / 138Kg / 4.995 euros

Aprilia Tuono 125 / 124cc / 15,2cv /  nd Kg / 4.760 euros

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Pedro Rocha
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