Kawasaki H2 by REV’IT e Wrenchmonkees

Por a 30 Maio 2017 15:50

O site Bikeexif apresentou em exclusivo, o que até agora era segredo, a nova moto exclusiva da REV’IT, construída em parceria com os dinamarqueses Wrenchmonkees.

Não é a primeira vez que a REV’IT embarca nestas aventuras da customização, pois já o havia feito anteriormente com uma KTM950 Super Enduro. Mas desta vez, elevaram a fasquia, e de que maneira! Não só em termos de potência, como de parceria, já que os Wrenchmonkees são, atualmente, considerados uns dos melhores construtores a nível mundial.

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O conceito por detrás desta H2 é as motos desportivas/retro de resistência dos anos 80 e 90. O estilo inerente às motos de competição de resistência é pesado e volumoso, transportando-nos igualmente para uma época em que as motos ainda eram bastante rudes e simples, mas numa altura em que o “boom” tecnológico estava perto de se dar.

É um conceito que os Wrenchmonkees levaram ao limite do espetacular, através deste trabalho e com a particularidade de não terem usado, como base, uma moto mais antiga. Em vez disso, a base para esta moto de estilo retro selvagem, foi nada mais, nada menos, que a exótica, exclusiva e super-alimentada Kawasaki Ninja H2.

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A moto e esboço do projeto foram enviadas diretamente da sede da REV’IT na Alemanha. A ideia era criar uma moto que acompanhasse a mesma filosofia (Tecnologia à Medida) que deu vida à gama Urban e casual da REV’IT, que se distingue pelo estilo exterior, mas altamente tecnológica no interior.

A REV’IT nutria um carinho especial pela H2, uma vez que foi a moto com que o seu piloto Kenan Sofuoglu, atingiu e ultrapassou a barreira dos 400km/h, em 2016, aos comandos da super-exclusiva e potente H2R. Por isso, não havia dúvidas quanto à performance deste modelo, mas o estilo futurista, não se identificava muito com identidade da REV’IT.

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O estilo dos Wrenchmonkees está precisamente no extremo oposto, ao conceito base da Kawasaki H2. Distinguem-se pelo traço cru e escuro, com as suas motos a ostentarem uma presença forte, segura e impactante. Por isso, ficaram responsáveis por injetar essa dose mais pesada e sombria na H2, de acordo com o seu estilo.

Com uma Kawasaki H2 nova na sua bancada de trabalho em Copenhaga, Per Nielses e Nicholas Bech, encetaram um trabalho árduo de transformar esta moderna superbike, sem tocar no que quer que fosse, relativo à performance. Isso significa que todos os aspetos funcionais que foram tocados, foram, obrigatoriamente, substituídos ou reconstruídos.

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A primeira fase foi retirar tudo o que a H2 tinha em excesso no que diz respeito a carenagens. Começando na frente, os Wrenchmonkees optaram por montar uma ótica dianteira proveniente, mas com alterações, da Kawasaki ZX-7R.

Um olhar mais próximo, permite ver que há uma secção de alumínio trabalhado à mão por detrás da carenagem, de forma quase oculta em ambos os lados, mas com um propósito muito claro: a da esquerda é uma conduta de ar que alimenta o compressor, enquanto que a direita permite dar suporte a um pequeno reservatório de refrigeração e esconde uma tonelada de cabos.

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Atrás da carenagem, encontramos também uma tampa de depósito “monocoque” e secção traseira, feita à mão, em fibra de vidro, forrada com uma almofada de neoprene . A H2, normalmente conta com uma célula de combustível colocada por baixo do depósito de combustível, mas os dinamarqueses removeram-na e criaram duas em alumínio. Uma fica colocada na parte traseira e a outra está colocada por baixo do assento.

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A traseira alimenta a frente, que abriga a bomba de combustível; ambas podem ser removidas como uma unidade só.

Os Wrenchmonkees fabricaram igualmente um novo sub-quadro em alumínio e as novas ligações para o amortecedor traseiro. O resto do quadro da H2 não sofreu, praticamente, alterações. Apenas recolocaram o amortecedor de direção e limparam todos os elementos que eram desnecessários.

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O Per e o Nicholas fizeram um grande trabalho! Conseguiram manter todas as boas vibrações do estilo “resistência” bem presentes e evidentes. Uma bateria de iões de lítio anti-gravidade surge no topo do depósito de combustível, com sistema de remoção rápida.

A carenagem está presa com apenas cinco parafusos e o monocoque com apenas dois, permitindo assim uma rápida e fácil desmontagem. E a moto continua funcional mesmo se removermos estes elementos!

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O motor mantém-se inalterado, mas recebeu um escape completo da SC-Project e um filtro de ar da Sprintfilter, que contribuem para um aspeto mais musculado e deixam o motor respirar melhor. A suspensão dianteira foi reconstruida com material da Hyperpro, tornando-a 15 mm mais baixa e totalmente ajustável. O braço oscilante, em tubos de alumínio, foi desenvolvido pela GIA Engineering e monta um amortecedor totalmente ajustável da Hyperpro.

Revmonkee, classe e força bruta!

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Pedro Rocha
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