AJP apresentou a nova PR7
Após ter sido apresentada no Salão de Milão (EICMA) a PR7 foi finalmente apresentada em Portugal numa cerimonia que decorreu terça feira em Penafiel. A AJP PR7 é já considerado um modelo de conceito pioneiro no mercado mundial e desta forma as expectativas são elevadas por parte da empresa nacional
Depois de um ano de desenvolvimento, a AJP apresentou finalmente a versão final da muito aguardada PR7. O novo modelo mantém inalterados os valores fundamentais do primeiro protótipo apresentado no final de 2014, mas a marca portuguesa decidiu elevar alguns aspectos a um novo nível, criando um dos modelos mais excitantes dos últimos tempos para todos os amantes das verdadeiras trail, com uma incontornável componente todo o terreno.
O segmento das trail é um dos mais dinâmicos do mercado mundial, contando com uma presença importante dos maiores construtores, alguns deles através de diversas alternativas, oferecendo um vasto leque de produtos e, acima de tudo, com uma prestação comercial que ensombra alguns dos segmentos mais importantes do passado recente.
A AJP é, desde o primeiro dia, uma marca vocacionada para o todo o terreno e cada novo modelo deve seguir estes princípios, mesmo quando a decisão de entrar numa nova e importante categoria implica enfrentar os nomes mais sonantes do sector.
Assim a PR7 é uma moto fácil de definir: uma verdadeira máquina de todo o terreno, leve, compacta e ágil, mas também capaz de proporcionar uma boa autonomia e desenhada para transportar bagagem. Do primeiro protótipo manteve a nova geração do comprovado quadro híbrido em aço e alumínio, agora ainda mais leve, compacto e rígido, utilizando duas ligeiras traves laterais aparafusadas à compacta coluna de direcção que também é utilizada como reservatório de óleo.
A PR7 está equipada com suspensões de topo, mostrando uma forquilha invertida totalmente ajustável e equipada com bainhas de 48mm de diâmetro, proporcionando um generoso curso de 300mm. Ou seja estamos perante uma verdadeira moto de todo o terreno.
Na traseira, o braço oscilante produzido em alumínio numa única peça fundida é outra das assinaturas da marca, estando ligado a um sistema progressivo de accionamento do amortecedor que garante 280mm de curso e uma total possibilidade de ajustamento, para além de elevada consistência de funcionamento mesmo nas situações mais exigentes, graças ao reservatório de gás separado.
O sistema de travagem está bem dimensionado e assenta num disco de 300mm na dianteira, assistido por uma pinça de dois êmbolos, ao passo que atrás o rotor de 240mm complementa a potência do conjunto dianteiro, mas sem perder de vista a necessidade de garantir uma elevada sensibilidade, muito útil na utilização em terra.
As dimensões da PR7 são compactas e todos sabemos como é importante sentir a moto sob controlo quando, por exemplo, pilotamos em pé. Isto é possível porque, tal como em todos os outros modelos da AJP, o reservatório de combustível está montado debaixo do assento, possibilitando a criação de uma linha esguia e também a centralização de massas, sem prejuízo para a capacidade do reservatório, que permite armazenar 17 litros do precioso líquido. Uma importante alteração face ao primeiro protótipo é a localização do tampão de enchimento, agora montado entre o assento e a coluna de direcção.
O peso em ordem de marcha será de apenas 165kg (reservatório cheio e todos os líquidos incluídos), numa moto destinada a conquistar montanhas e desertos um pouco por todo o mundo, utilizando as tradicionais rodas de uma trail de médio porte (pneus de medidas 90/90-21 e 140/80-18, respectivamente à frente e atrás), construídas com os melhores materiais disponíveis em termos de aros, raios e cubos, porque a AJP pretendem que todos os futuros utilizadores possam rolar em todos os terrenos sem qualquer tipo de limitação.
MOTOR
A maior alteração realizada face à primeira versão do protótipo é o novo motor de 600cc produzido pela SWM. Trata-se de uma unidade compacta, leve e com um desenho moderno, características perfeitas para se inserirem na filosofia do modelo, e está igualmente dotado de veio de equilíbrio (eliminação de vibrações) e caixa de velocidades com seis relações, permitindo explorar na plenitude mas com suavidade a potência debitada por esta unidade refrigerada por água, equipada com duas árvores de cames à cabeça e quatro válvulas.
A relação diâmetro x curso (100 x 76,4mm) não é radical e por isso podem contar com bons valores de binário nos regimes inferiores e médios, e uma resposta progressiva graças ao acerto do sistema de injecção electrónica que conta com um corpo de injecção de 45 mm de diâmetro.
Os utilizadores mais experientes sabem que não existe nada tão eficaz na terra como um motor de apenas um cilindro, não só devido às dimensões compactas, mas também graças a uma resposta instantânea face a qualquer abertura do acelerador. No entanto, com este motor também será possível viajar com suavidade e contar com potência suficiente para manter uma velocidade de cruzeiro em auto-estrada.