Top10 – escolha os 10 melhores pilotos de motos da década
Vote AQUI , mas antes leia o nosso texto que apresenta o palmarés de cada piloto. a sua missão é escolher 3 pilotos nacionais e 3 pilotos internacionais.
Por Pedro Correa Mendes e Jorge Ró Jr.
Chegou o momento de escolher os dez melhores pilotos da década, nacionais e internacionais. E quem irá votar é você, caro leitor…
No motociclismo, a década passada ficou marcada por momentos muito altos dos homens das duas rodas em Portugal. Paulo Gonçalves e Rúben Faria dividiram o melhor resultado de sempre de um português no Dakar, mas infelizmente, aquele que foi um dos melhores, já não está entre nós, Paulo Gonçalves. A década ficou também marcada pela consistente ascensão de Miguel Oliveira pela ‘escada’ das categorias de promoção do Mundial de Motociclismo, e já atingiu o pináculo, o MotoGP, lutando agora por se afirmar numa das mais competitivas séries motorizadas do mundo. Lá fora, Marc Marquez marcou uma era, e ainda está longe de dar o ‘assunto’ como terminado. Mas há muitos mais nomes que se destacaram e quem vai escolher quem são os melhores é você, caro leitor.
No MotoSport escolhemos os dez, e agora você, ordena-os. E como vai fazer? Em paralelo com a publicação na edição impressa do jornal AutoSport, publicamos a lista e os textos que resumem os feitos dos últimos dez anos dos pilotos escolhidos.
Depois é só votar – pode escolher três pilotos de cada uma das duas listas (Nacional e internacional) e o sistema faz as contas. Não se esqueça que a sua escolha deve ser feita, não pelo que fizeram antes desta última década, não pelo que estão a fazer agora ou fizeram no último ano, mas sim pelo que alcançaram em termos globais face aos seus nove concorrentes nestas duas listas de pilotos nacionais e internacionais.
TOP 10 – NACIONAL MOTOS
Hélder Rodrigues
Hugo Basaúla
Ivo Lopes
Luís Correia
Mário Patrão
Miguel Oliveira
Paulo Gonçalves
Rúben Faria
Rui Gonçalves
Rui Reigoto
Hélder Rodrigues
Hélder Rodrigues deixou o seu nome bem gravado na história do motociclismo português na última década. O piloto de Aruil tornou-se o primeiro luso a sagrar-se campeão do mundo numa disciplina de duas rodas motorizadas – foi em 2011 que o “Estrelinha” venceu o campeonato mundial de Rallies Cross Country. De facto, a história dos pilotos portugueses no Dakar prova foi reescrita por Rodrigues. Foi o primeiro luso a liderar a classificação geral, foi o primeiro a terminar no pódio e é ele que tem o maior número de vitórias em etapas no Dakar em moto, com 8 triunfos. Além disso, muito poucos pilotos se podem orgulhar de terminar todas as edições do Dakar em que participaram. 9º, 5º, 5º, 4º, 3º, 3º, 7º, 5º, 12º, 5º e 9º foram os resultados de HR entre 2006 e 2017, foram onze participações concluídas, dez delas no Top 10! Piloto oficial da Yamaha e da Honda ao longo da sua carreira, Hélder é atualmente conselheiro dos pilotos da marca da asa dourada, tendo ajudado a Honda a vencer o Dakar 2020.
Hugo Basaúla
Hugo Basaúla “construiu” grande parte do seu palmarés na última década e tornou-se o único piloto na história da FMP a conquistar títulos em todas as seis classes seniores de MX e SX em Portugal: ao todo foram 16 títulos conseguidos em sete anos. No Supercross, o “Basa” teve três anos consecutivos no topo das classes SX Elite e SX1 mas, em 2016, perdeu a placa n.º 1 na derradeira ronda. O filho do ex-futebolista Basaúla Lemba, recuperaria as duas coroas em 2017 e 2018, igualando assim os 5 títulos de Joaquim Rodrigues em SX Elite. No Motocross, o n.º 747 dominou entre 2015 e 2017, anos em que conquistou o ceptro na categoria MX Elite. HB representou também Portugal por 8 vezes no MX das Nações. A partir de 2018, o “Basa” passou a dedicar-se em exclusivo ao Supercross, deixando de disputar a totalidade dos campeonatos de MX. Com esta alteração na sua carreira, Basaúla conseguiu focar-se em provas internacionais, dando nas vistas em eventos de Supercross um pouco por toda a Europa.
Ivo Lopes
Ivo Lopes passou pelo mini motocross aos 5 anos, seguido das minimotos, e dos campeonatos espanhóis. Após sucesso nas Mini GP70 e um 12º no Campeonato de Madrid, passou para as 85cc e logo foi vice-Campeão nacional e 3º no Campeonato Mediterrânico. O ano de 2009 trouxe-lhe novo vice-campeonato, ganhando cinco das seis corridas. Foi também o ano da estreia nas 125 pré-GP, onde no mesmo campeonato foi 4º. No começo da década passada fez apenas uma corrida em Albacete, que no entanto acabou em segundo. Seguiu-se a Red Bull Rookies Cup em 2011, onde andou nos primeiros 4, notavelmente com 2º e 4º em Silverstone e dois quartos em Assen… Alguma dispersão e uma queda na segunda manga em Portugal baixaram-no para oitavo, com mais um par de pódios em 2012. A passagem para as Moto2 em Espanha, mais adequadas ao seu físico, trouxe mais dificuldades, mas uma excelente vitória no Estoril pilotando uma Supersport de especificação inferior. Acabando por voltar-se para os Campeonatos Nacionais, ganhou em Supersport 600, antes da passagem à “classe rainha” das SBK, em que venceu todas as corridas em 2018, e bisou em 2019 apesar da troca da Yamaha para a BMW.
Luís Correia
Luís Correia trabalhou em duas frentes na última década e, em ambas, teve sucesso: se por um lado conquistou vários títulos nacionais no Motocross, por outro disputou várias temporadas no Mundial de Enduro. Piloto com origens no Motocross, LC somou 5 títulos de campeão nacional de Motocross entre 2010 e 2012. Mas em 2013 surgiu uma oportunidade imperdível: a de integrar a equipa oficial da Beta no campeonato do mundo de Enduro a tempo inteiro. Nos quatro anos consecutivos em que competiu na classe E3, o piloto da Moçarria foi 4º, 6º, 5º e 7º numa clara demonstração de todo o seu talento. No seu último com a Beta, Correia conseguiu ainda o título de campeão nacional de Enduro Absoluto e Elite 2. De regresso ao Motocross em 2017 e 2018, LC juntou mais três títulos ao seu palmarés, tornando-se o segundo piloto com mais coroas nesta disciplina em Portugal. Correia foi também um dos melhores lusos na história dos ISDE, tendo terminado três vezes no Top 6 da classificação geral individual.
Mário Patrão
Mário Patrão conquistou na última década o estatuto de piloto com mais títulos de campeão nacional na história da FMP. O piloto de Seia chegou a 2010 já com 15 coroas no seu palmarés e a série de sucessos consecutivos não parou. Entre 2010 e 2014, ninguém esteve à altura do então piloto da Suzuki no campeonato nacional de Todo-o-Terreno. Campeão de TT Absoluto ininterruptamente entre 2008 e 2014, Patrão ganhou a alcunha de “Mr. Baja”, tal foi o domínio exercido durante estes sete anos. Em 2018, o beirão alcançou o seu 25.º título e superou assim Paulo Gonçalves na lista de pilotos com mais títulos em Portugal. Foi também na última década que Mário Patrão iniciou a sua carreira nos Rally Raids. 30º e 36º nas suas duas primeiras participações no Dakar com a Suzuki, seria depois de mudar para a KTM que alcançaria o seu melhor resultado de sempre, o 13º lugar em 2016. O talento de Patrão não passou despercebido à equipa oficial da KTM no Dakar, estrutura na qual está inserido desde 2017.
Miguel Oliveira
Nenhuma lista de desportistas portugueses estaria completa sem mencionar Miguel Oliveira, primeiro português a participar no Mundial de Velocidade a tempo inteiro e o atleta nacional com mais visibilidade mediática. Com apenas 9 anos de idade, Miguel iniciou a sua carreira nas Mini GP, com sucessos em Portugal e Espanha à medida que progredia através das várias categorias de iniciação, vencendo sempre. A década passada viu-o chegar a vice-Campeão do país vizinho em 2010 vencendo 5 das 7 provas do calendário, antes da sua estreia no campeonato do mundo em 2011. Em 2012, conquistou dois pódios (Catalunha e Austrália) a caminho de oitavo no campeonato mundial de Moto3. Em 2013, deu o primeiro pódio à Mahindra antes de ter sido recrutado pela KTM Red Bull Ajo, para 2015. Com esta, conquistou 6 vitórias, três 2ºs lugares e 1 ‘pole’, garantindo assim o título de vice-campeão do mundo a apenas 6 pontos do vencedor. Em 2016, ascendeu à categoria de Moto2, e um ano depois era de novo vice-campeão mundial. O ano passado, tornou-se no primeiro português a participar e pontuar na MotoGP, terminado a década com resultados excecionais que fazem antever um futuro ainda mais brilhante.
Paulo Gonçalves
Paulo Gonçalves começou a sua carreira em 1991 mas foi na última década que chegou ao topo do mundo. Com 13 participações no Dakar, ‘Speedy’ atingiu o estatuto de lenda desta prova e foi o único piloto a competir de moto nos três ”capítulos” que este Rally já teve: África, América do Sul e Arábia Saudita. O piloto de Esposende terminou quatro vezes no Top 10 e registou como melhor resultado o 2.º lugar em 2015. Para a história fica também o título de campeão mundial de Rallies Cross Country conquistado em 2013 face a Marc Coma. Com a determinação que sempre lhe foi reconhecida, o minhoto bateu-se contra o espanhol até à última prova e derrotou-o por apenas 4 pontos. Mas a carreira de Gonçalves não se resume só ao seu palmarés. Humildade, altruísmo, “fair play” e espírito de sacrifício são características que ficaram bem vincadas na sua maneira de ser enquanto desportista e enquanto ser humano. Paulo Gonçalves faleceu depois de uma queda ao km 276 da sétima etapa do Dakar 2020.
Rúben Faria
Rúben Faria fez história no Dakar na última década. Depois de ser uma das revelações da prova em 2006 e 2007, foi em 2010 que a carreira do piloto de Olhão iniciou uma nova fase. Contratado para ser o companheiro de equipa de Cyril Despres na equipa oficial da KTM, o algarvio foi 11º, 8º e 12º nos três primeiros anos. Em 2013, Rúben Faria ganhou o estatuto de “aguadeiro” mais rápido do planeta ao terminar o Dakar na 2ª posição a apenas 10m43s de Despres. Vários azares marcaram os anos seguintes mas, ainda assim, o algarvio registou um ótimo 6.º posto em 2015. A sua derradeira participação nesta prova seria em 2016 aos comandos de uma Husqvarna, mas que acabaria com a fratura de um pulso na sexta etapa.
A experiência de Rúben Faria foi reconhecida pela indústria e, depois de dirigir a equipa oficial da Husqvarna, foi convidado para ser o diretor geral da equipa oficial da Honda. Em conjunto com Hélder Rodrigues, foi um dos arquitetos do triunfo da marca da asa dourada no Dakar 2020.
Rui Gonçalves
Rui Gonçalves é o melhor piloto português de Motocross de todos os tempos. Depois do título de vice-campeão mundial de MX2 em 2009, o transmontano ascendeu à classe MXGP, na qual fez oito temporadas completas consecutivas. Em 2011 mudou-se da KTM para a equipa oficial da Honda e registou o seu melhor resultado de sempre na classe maior do Mundial de Motocross: o 6º posto. Nas três temporadas seguintes, o n.º 999 rodou sempre próximo dos lugares do Top 10 e teve uma consistência digna de nota. Em 2018, RG fez a sua despedida do MXGP em Águeda, colocando um ponto final numa carreiras de 16 anos a tempo inteiro no Mundial de Motocross. O luso participou em 225 Grandes Prémios, dos quais venceu 4 e subiu ao pódio em 11. Rui é também o segundo piloto da história do Motocross das Nações com mais participações… Foram 17 anos a representar Portugal neste evento! No final de 2019, Rui Gonçalves anunciou a celebração de um contrato com a Sherco para começar uma nova carreira nos Rally Raids.
Rui Reigoto
Um exemplo de longevidade, o Flaviense Rui Reigoto veio do Enduro para conquistar vários Campeonatos Nacionais de velocidade nos anos noventa. Foi também um dos portugueses com mais sucesso no Grande Prémio de Macau, que venceu em Supersport em 1998 e 2000. Apesar de só um dos seus Campeonatos ter sido vencido na década passada, o Transmontano há muito radicado em Lisboa ganhou notoriedade por regressar aos 40 anos, para vencer de novo entre uma geração mais nova, a que se impôs com a sua mistura de perícia e agressividade. Após o seu regresso em 2017, já em Yamaha, Rui Reigoto conquistou seis vitórias e manteve-se invicto no Nacional de Superbike até à última prova do Campeonato no Estoril, onde mesmo com uma violenta queda na tarde de Sábado regressou, dorido, para conquistar o seu oitavo título nacional de velocidade. Problemas de saúde em 2018 não o impediram de alinhar de novo, vencendo a primeira prova do ano, mas depois lesões e contratempos só conseguiu mais um 4º após o cancelamento da final no Estoril. Alinhando o ano passado, num dos mais competitivos Campeonatos dos últimos anos, ainda assim o veterano acabou em 7º e averbou dois pódios e 3 quartos lugares na sua Yamaha.
TOP 10 – INTERNACIONAL MOTOS
Antonio Cairoli
Cyril Despres
Graham Jarvis
Jonathan Rea
Jorge Lorenzo
Marc Coma
Marc Marquez
Ryan Dungey
Ryan Villopoto
Toni Bou (trial)
Antonio Cairoli
O piloto italiano, nascido em Patti na Sicilia a 23 de Setembro de 1985, iniciou a sua carreira de motocross em 2002 pilotando uma Yamaha, máquina com que conquistou 3 títulos mundiais na década anterior . Em 2009 foi pela primeira vez campeão do mundo na classe rainha de 450cc no seu ano de estreia. Transferindo-se para a KTM em 2010, inicia um período de ouro aos comandos da moto austríaca que lhe trouxe 5 títulos consecutivos de 2010 a 2014. O domínio de Cairoli no motocross mundial traduziu-se em 169 corridas ganhas e 85 grandes prémios. Voltou a ser campeão do Mundo em 2017, o seu último título. No total da sua carreira os 9 títulos mundiais conquistados, torna-o no 2º piloto mais vezes campeão do Mundo, apenas suplantado pelo belga Stefan Everts que conquistou 10 títulos.
Cyril Despres
O piloto francês de rali-raid ficou bem conhecido dos portugueses em 2012, depois de ter deixado Paulo Gonçalves atolado, imediatamente depois de ter sido desatascado pelo piloto português. Cyril Despres foi o grande dominador do Dakar, em alternância e grande concorrência com Marc Coma. Venceu o Dakar por cinco vezes, três das quais na década 2010-19, antes de passar para os automóveis. Para além de muitas outras vitórias em provas do mundial de Rali-raids, Despres foi por três vezes vencedor do Red Bull Romaniacs e duas vezes do Erzberg Rodeo, as principais provas da cena mundial de extreme enduro. Cyril Despres abandonou a sua carreira de piloto de motos, e passou a conduzir automóveis no Dakar, onde obteve um terceiro lugar em 2017.
Graham Jarvis
É o mago do extreme enduro e o mais vitorioso de sempre nesta difícil categoria do offroad, mas antes foi um excelente piloto de trial, disciplina que lhe deu as competências que mais tarde se tornaram as suas verdadeiras armas no extreme enduro. Nascido em Inglaterra em 21 de Abril de 1975, Graham Jarvis continua a competir e a vencer ao mais alto nível, agora já com 45 anos, o que o tornou num fenómeno de longevidade. No trial, Jarvis venceu a sua primeira prova com 10 anos e foi campeão inglês por 5 vezes, ganhou 4 vezes o Scottish Six days e chegou a nº4 do mundo. No Extreme enduro, Jarvis venceu 5 vezes o Erzberg Rodeo, 6 vezes o Red Bull Romaniacs, 5 vezes o Hells Gate, 3 vezes o Roof of Africa, 4 vezes o Red Bull Sea to Sky. Aos 45 anos Graham Jarvis continua a vencer e a ser uma inspiração na categoria de extreme enduro que tem vindo a crescer de forma muito relevante ao longo desta ultima década.
Jonathan Rea
Jonathan Rea é um caso único de sucesso: terceira geração de pilotos da Irlanda do Norte, pois já o avô e pai competiam, distinguiu-se por conquistar 5 campeonatos de Superbike, feito só por si já inédito, mas ainda mais por os vencer consecutivamente entre 2015 e 2019. Rea também detém o maior número de vitórias em Superbike, fazendo dele o piloto mais bem-sucedido na história do campeonato. Anteriormente, fora vice-campeão mundial de Supersport. Depois de uma dupla vitória em Assen em 2010, ainda pilotou pela Honda até 2014, para se juntar à Kawasaki como companheiro de equipa de Tom Sykes em 2015. Talvez estranhamente para alguém que até então passara toda a carreira com a Honda, foi aí que Rea encontrou verdadeiro sucesso. Dominou a temporada e conquistou o seu primeiro título de Superbike com 14 vitórias. Desde então, manteve o título em 2016, 2017, 2018 e 2019. Em 2018 conquistou a sua 60ª vitória, superando Carl Fogarty. A sua combinação de suavidade e condução isenta de erros deverá continuar a trazer-lhe sucessos.
Jorge Lorenzo
O ano passado, Jorge Lorenzo chocou o mundo ao anunciar que se ia retirar. A sua carreira foi recheada de sucessos e de marcas únicas. Com 47 vitórias, Lorenzo é o segundo piloto espanhol com mais sucesso na classe rainha e com cinco títulos mundiais (2 de 250cc e 3 de MotoGP), é o terceiro piloto espanhol com mais vitórias na história dos Grand Prix, atrás de Angel Nieto e Marc Márquez. Em 2010, Lorenzo tornou-se no segundo piloto espanhol a conquistar o título mundial da classe rainha. Aos 20 anos e 345 dias, foi o terceiro piloto mais jovem a vencer em três classes de Grand Prix, atrás de Marc Márquez e Pedrosa. No GP do Japão do ano passado, alinhou no seu 200º Grande Prémio na classe rainha, tornando-se o sétimo piloto a alcançar o marco e o segundo piloto espanhol e o mais jovem a fazer 200 largadas na categoria. É também o quarto piloto mais jovem a vencer na categoria intermédia, com apenas 18 anos, a caminho de se tornar o segundo piloto mais jovem a conquistar o título das 250 aos 19 anos e 178 dias. Lorenzo foi vice-campeão em três ocasiões (2009, 2011, 2013) e terminou entre os três primeiros em oito ocasiões, de 2009 a 2016, marcando indelevelmente a década passada do Mundial.
Marc Coma
Nascido em Avia perto de Barcelona a 7 de Outubro de 1976, Marc Coma deixou a sua marca no mundo dos rali-raids. Iniciou a sua carreira profissional como piloto de enduro tendo sido campeão nacional de Espanha na categoria de Juniores em 1995, o seu primeiro título. Foi relativamente bem sucedido no enduro, tendo feito parte da equipa espanhola vencedora dos Six Days e sagrou-se campeão do mundo de menos 23 em 1998. 2002 marcou o seu inicio em rali-raid com a primeira participação no Dakar onde deu nas vistas e foi contratado para a equipa KTM Repsol. Foi Campeão do Mundo FIM Cross-Country Rallies por seis vezes, três das quais na década 2010-19, tornando-o no piloto com melhor palmarés de sempre nesta categoria. Foi cinco vezes vencedor do Rally Dakar em 2006/09/11/14/15 e segundo classificado por 2 vezes. Depois de se retirar da sua carreira de piloto em 2015, Marc Coma foi diretor desportivo do Rally Dakar entre 2016 e 18. Em 2020 Marc Coma somou mais uma experiência no Dakar como co-piloto de Fernando Alonso.
Marc Márquez
Marc Márquez já é dos pilotos mais galardoados de sempre e aos 27 anos continua a bater recordes. Tendo contabilizado 56 vitórias na categoria rainha em 2019, tornando-se apenas o quarto piloto a fazê-lo, o espanhol de Cervera ultrapassou a seguir o recorde de 58 poles de Mick Doohan, pois já vai em 62. Já antes, no G.P. da República Checa, Márquez também empatara com o grande Mike Hailwood com 76 vitórias em Grandes Prémios, e há agora apenas três pilotos à sua frente em termos de vitórias absolutas no mundial: Angel Nieto (90), Valentino Rossi (115) e Giacomo Agostini (122). Em termos de pódios, o seu próximo alvo é a lenda do MotoGP Giacomo Agostini. O italiano conquistou 95 na categoria rainha e pela sua forma atual, o campeão deverá ultrapassá-lo. Começando a década com vitória e o seu primeiro título nas 125 e seguindo-o com outro nas Moto2 em 2012, os seus 6 Campeonatos de MotoGP foram todos conquistados na década passada, (em 2013, 14, 16,17 18 e 19) o que o torna, sem dúvida, o piloto, talvez até o desportista, da década. Humilde e acessível aos fans, ainda vive em casa dos pais…
Ryan Dungey
O piloto americano nasceu a 4 de Dezembro de 1989 e participou no campeonato americano AMA Supercross e Motocross, entre 2006 e 2017. No AMA Supercross foi campeão por 5 vezes, uma vez 2º e 3 vezes 3º. Obteve 39 vitórias em grandes prémios nesta categoria. No Motocross Outdoor, Dungey foi ainda mais dominador com 43 vitórias apesar de ter vencido menos títulos – 4 em 2009, 2010, 2012 e 2015, e ainda 3 segundos lugares em 2011, 2013 e 2014. No total das 2 categorias obteve 9 títulos e 82 vitórias, tornando-se num dos pilotos de maior sucesso na história do motocross americano, mostrando uma polivalência e capacidade de adaptação em ambas as categorias apesar das diferenças evidentes de condução que isso implica. Venceu ainda o Motocross das Nações por 3 vezes. Ryan Dungey retirou-se da competição como piloto no final da época 2017 mas é hoje proprietário e Diretor da equipa Honda Geico oficial que disputa os campeonatos americanos.
Ryan Villopoto
Nasceu a 13 de Agosto de 1988, e correu nos principais campeonatos americanos entre 2005 e 2014. Foi o grande rival de Ryan Dungey com quem repartiu o domínio do Motocross e Supercross americano na década 2010-19. Treinado pelo “mago” Aldon Baker”, Ryan Villopoto conquistou 4 títulos em Supercross e 3 títulos em Motocross. Curiosamente Villopoto foi fiel à Kawasaki ao longo de toda a sua carreira, tendo disputado todas as corridas e conquistado todos os seus 7 títulos com a marca japonesa. Os seus 3 títulos consecutivos no AMA Motocross em 250 (2006 /07/08) e depois os 4 títulos consecutivos em 450 Supercross (2011 a 2014), gravaram para sempre o seu nome na história do motocross americano.
Tony Bou
Nascido em Piera na Catalunha a 17 de Outubro de 1986, Toni Bou é o mais titulado piloto se sempre da história do trial mundial. Com 33 anos continua a participar e a vencer tudo, tanto no mundial de trial outdoor, como no mundial de Trial Indoor (X-Trail). A sua primeira vitória foi no campeonato de trial catalão de cadetes aos 12 anos. Em 2001 venceu o seu primeiro título nacional em juniores. A sua primeira vitória numa prova do mundial foi conseguida em 2006, ano em que terminou o campeonato do mundo de outdoor no 5º lugar e foi 3º no indoor. Em 2007 venceu os seus primeiros 2 títulos mundiais e a partir daí nunca mais deixou de ser campeão do mundo, título que revalida ano após ano. No final da época 2019 Toni Bou contabilizou o 13º título mundial de outdoor, assim como o 13º título mundial de X-trial. Uma lenda viva!
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