Supercross: Será Roczen a primeira vítima da “guerra” entre o AMA SX e o Mundial SX?
O mundo ainda está em choque com o anúncio feito por Ken Roczen de que a Honda HRC retirou a proposta que lhe tinha feito para a temporada de 2023. A questão que se impõe é: porquê?
Na versão dada pelo alemão a James Stewart no podcast “Bubba’s World”, KR afirma que a Honda só tomou essa decisão porque ele não desistiu de participar no recém-criado campeonato do mundo de Supercross, a ter lugar no próximo mês.
Roczen informou, a Honda não vetou
Roczen diz que há muito que assinou contrato com a SX Global – promotora do mundial – para alinhar nas duas rondas na Austrália e no País de Gales e que, na altura, informou a sua equipa e ninguém se opôs, inclusivamente disseram-lhe que o poderiam apoiar com algumas peças de fábrica.
Há duas semanas, o germânico recebeu uma proposta “muito boa” da Honda para renovar contrato para 2023, mas apenas para o campeonato AMA Supercross. Na altura foi-lhe logo dito que uma das condições era não participar no Mundial de Supercross.
Roczen quis pagar, Honda anulou proposta
Roczen terá explicado que queria honrar o compromisso que tinha assumido com a SX Global e, segundo ele, ofereceu-se para pagar à Honda o “aluguer” das peças de fábrica para as duas provas do campeonato do mundo.
O n.º 94 admite ter ficado “chocado” quando, no início desta semana, recebeu a notícia que a HRC retirou a proposta que lhe tinha feito para o ano de 2023, deixando-o assim “apeado”.
Os australianos da SX Global vieram para “chatear” os americanos da Feld?
Com prémios milionários para pilotos e equipas, o Mundial de Supercross veio “agitar as águas” entre os melhores pilotos da especialidade que, assim, têm a possibilidade de ganhar dinheiro em algumas corridas de pré-época.
No entanto, os norte-americanos da Feld Entertainment não estão a achar “piada” a este investimento da SX Global pois este sempre foi o seu “monopólio” – o AMA Supercross teve a “chancela” de campeonato do mundo de SX entre 2003 e 2021.
Os bons pilotos não se multiplicam e a Feld sabe disso
A questão é que os bons pilotos de Supercross não se “multiplicam”, ou seja, todo o espaço no calendário que o Mundial possa conquistar nos próximos anos, poderá levar os pilotos a optar por fazer, por exemplo, o AMA Supercross entre Janeiro e Maio e o campeonato do mundo entre Setembro e Novembro.
Quem poderá perder com isto? O AMA Motocross que se disputa normalmente entre Junho e Setembro. A Feld “pressentiu” isto e anunciou recentemente a criação do campeonato do mundo de SuperMotocross! Basicamente, será uma corrida no final da temporada com os melhores do AMA Supercross com os melhores do AMA Motocross numa “finalíssima”!
A Feld afirma que vai continuar a contar com a presença e o apoio de todas as equipas oficiaisdas principais marcas e a primeira prova disso mesmo pode ser este “bater do pé” da Honda em não deixar Ken Roczen participar naquela que é a primeira edição do recém-criado campeonato do mundo de Supercross.
Fica a pergunta…
Será Roczen a primeira “vítima” da “guerra” entre a Feld e a SX Global?