Luís Correia regressa ao Nacional de Motocross a pensar nos rali raids

Por a 16 Janeiro 2017 17:20

Atual campeão Nacional de Enduro Absoluto, Luís Correia dará em 2017 um novo rumo a uma já longa e bem sucedida carreira. Aos 31 anos o piloto da Moçarria, que nos últimos anos competiu ao mais alto nível no Mundial de Enduro, vai regressar ao Campeonato Nacional de Motocross, onde estará aos comandos de uma Suzuki RMZ 450 num projeto pessoal em parceria com o Gugamx e a Moteo Portugal, importador da Suzuki para o nosso país, marca que já representou no passado.

Ao MotoSport Luís Correia explicou que este regresso à modalidade onde começou a carreira tem por detrás um objetivo bem definido. “Neste momento estou a pensar num projecto pessoal para os rali raids internacionais. Ainda está tudo numa fase muito embrionária, mas o motocross é a disciplina que mais se adequava a esta preparação. Isto porque a base da moto de rali é parte da moto de motocross. Daí o regresso ao Nacional ser positivo. Para além disso o motocross é uma modalidade que já praticava e da qual gosto bastante e é uma forma de continuar ativo”.

Já sobre o facto se o ingresso nos rali raids será com a Suzuki, o piloto luso afirmou que apesar do projecto ser pessoal não faz “sentido que seja de outra forma. Contudo não existe nenhum compromisso de ambas as partes para que seja desta forma”.

Com agulhas apontadas para os rali raids, a ideia de Correia no futuro como não poderia deixar de ser passa por “fazer o Dakar”. “No entanto ainda existe um longo caminho a percorrer. Vamos tentar primeiro fazer alguns rali raids e depois ver se consigo estar no Dakar no futuro”, referiu o piloto que este ano também irá participar na mítica Baja Portalegre 500 e pelo menos em duas provas do novo Troféu de Navegação TT, competição que é organizada em conjunto pela Federação de Motociclismo de Portugal e a R3 Roadbook Rally Raid.

Apesar de ter uma carreira recheada de sucesso no enduro e motocross, Luís Correia explicou que participar nos rali raids é um desejo antigo. “Em 2010 realizei o Estoril – Marraquexe. Foi uma prova que me seduziu bastante. Na altura a minha carreira acabou por seguir outro caminho, que também foi interessante. Agora nesta fase, onde tenho quatro anos de enduro ao mais alto nível, considero que já tenho a experiência necessária  para tentar um projecto deste género e obter os respetivos frutos”.

Para trás ficou uma longa ligação à Beta, equipa que representou na elite mundial do enduro. “A Beta não tem equipa e moto de rali raids por isso esse foi um dos principais motivos pelo qual não continuei com a marca italiana. A outra razão prendeu-se com o facto da Beta não ter também uma moto de motocross, que como já disse é sempre um bom ponto de partida para preparar os rali raids. A conjugação destes factores levou-me a seguir outro caminho”, concluiu o experiente piloto português.

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