MotoGP, os atuais: Takaaki Nakagami
Se há um coisa que se pode dizer de Lucio Cecchinello, dono da equipa LCR com que Takaaki Nakagami alinha em MotoGP, é que o Italiano ex-candidato ao título de 125 é um sábio olheiro, tendo ao longo dos anos assinado para a classe rainha pilotos como De Puniet, Checa, Stoner, Crutchlow ou Miller que iriam ascender a melhores coisas.
Isso só por si é um atestado do talento do japonês nascido em Chiba, a 9 de Fevereiro de 1992, embora também se adivinhe uma mão da Honda, que fornece em leasing as motos da equipa, a fazer pressão para garantir a presença do único Japonês na grelha de MotoGP.
Aliás, ao contrário do “piloto de ponta” Crutchlow, Nakagami, que no início da carreira em 2006 venceu o Campeonato Japonês de GP125, conta com o apoio da petrolífera Japonesa Idemitsu.
Nakagami entrou no Campeonato Japonês de velocidade na categoria de GP125 em 2005, juntando-se à Honda Harc-Pro e terminando em 13º lugar como estreante na série. Porém, ficou no campeonato japonês de GP125 em 2006 com a Harc-Pro novamente, e aí venceu todas as corridas da temporada, tornando-se o mais jovem campeão japonês de GP125 aos 14 anos.
Também em 2006, Nakagami integrou a Academia de MotoGP, que lhe deu a oportunidade de competir no estrangeiro pela primeira vez na série espanhola CEV de 125GP, onde Nakagami terminou na 12ª posição. O seu melhor resultado foi na segunda ronda em Jerez, terminando em 5º lugar.
A seguir, decidiu focar-se no campeonato CEV 125GP em 2007 com a academia de MotoGP. Inevitavelmente, os resultados de Nakagami melhoraram em 2007 e terminou em 6º lugar na geral com um 3º lugar em Valencia o seu melhor resultado.
Nakagami também recebeu a sua primeira entrada wild card no Campeonato do Mundo de 125cc na última ronda da temporada em Valencia, qualificando-se na 20ª posição, mas não conseguindo terminar a corrida.
No entanto, impressionou o suficiente para garantir um lugar a tempo inteiro no Campeonato do Mundo de 125cc em 2008, juntando-se à equipa italiana da I.C. montando uma Aprilia, terminando a temporada na 24ª posição da geral com um melhor lugar de 8º em Donington Park.
Em 2009, Nakagami juntou-se a outra equipa italiana chamada Ongetta Aprilia e melhorou o seu desempenho geral, terminando em 16º lugar com os melhores resultados de dois quintos lugares à chuva em Le Mans e Donington Park.
Apesar de ter ofertas para permanecer no campeonato de 125cc em 2010, Nakagami decidiu regressar ao Japão e voltar a juntar-se à equipa Harc-Pro, competindo no campeonato japonês de ST600 a bordo de uma Honda.
Nakagami venceu a primeira corrida da temporada em Tsukuba e terminou em 8º lugar da geral. Manteve-se na Harc-Pro em 2012, mas mudou de classe e entrou na classe J-GP2 a bordo de uma Honda HP6, com a qual Nakagami venceu 5 das 6 corridas durante a temporada e o campeonato, apesar de não ter competido na ronda de Okayama devido a lesões sofridas quando foi substituto nas Moto2 em Motegi para a Italtrans.
Apesar do infortúnio, Nakagami fez o suficiente durante a sua exibição como suplente para ganhar um lugar a tempo inteiro na Italtrans no Campeonato do Mundo de Moto2 montando uma Kalex com motor Honda CBR600, e terminando a sua 15ª temporada de estreia com um melhor resultado de 5º em Jerez.
Em 2013, Nakagami permaneceu em Moto2 com a Italtrans a bordo de uma Kalex, e na ronda inaugural em Losail, alcançou o seu primeiro pódio em Grande Prémio com um 3º lugar.
Em Le Mans, Nakagami conquistou a sua primeira pole em Grand Prix racing. A seguir, Nakagami alcançou o segundo pódio da sua carreira em Grande Prémio, com um segundo lugar atrás de Esteve Rabat em Indianápolis, de facto até liderou a maior parte da corrida, mas foi ultrapassado nas voltas finais e terminou a menos de um segundo da vitória.
Conquistou a sua segunda pole da temporada no Grande Prémio da Checa, em Brno e passou a fazer o seu segundo segundo lugar consecutivo, atrás de Mika Kallio. Voltou a fazer a pole no Grande Prémio da Grã-Bretanha em Silverstone e voltou a ser segundo, desta vez atrás do líder do Campeonato e piloto local, Scott Redding.
Em Misano, Nakagami terminou em segundo lugar pela quarta corrida consecutiva; liderou a maior parte da corrida antes de ser ultrapassado por Pol Espargaró nas voltas finais e terminou a temporada 8ª na classificação.
Em 2014 assinou pela equipa de Tadayuki Okada, a Honda Idemitsu Team Asia. Um início de temporada positivo, com um segundo lugar no Qatar, foi-lhe negado, uma vez que foi desclassificado por razões técnicas.
Nakagami lutou pelo resto do ano com dificuldades de afinação e terminou a temporada na 22ª posição, mas manteve-se na Honda Team Asia em 2015, ano em que conseguiu melhorar e terminou no pódio em Misano.
Em 2016, conseguiu a sua primeira vitória em Assen. Arrecadou três terceiros lugares e 8 top 5s para terminar em 6º lugar nos pontos.
Continuando com a Honda Team Asia em 2017, venceu em Silverstone e conquistou três terceiros lugares, e ficou em 7º lugar em pontos.
Nakagami mudou-se para a MotoGP como rookie em 2018, assinando com a Equipa LCR para montar uma Honda com um ano de idade.
Em Outubro de 2018 foi confirmado que Nakagami permaneceria na Equipa LCR Honda para a Temporada de MotoGP 2019 com o colega de equipa Cal Crutchlow, mas mais uma vez com uma moto desfasada de um ano, em que, no entanto, conseguiu excelentes resultados, nomeadamente um 7º na Argentina e um 5º em Itália, antes de se lesionar num ombro (quando foi abalroado por Valentino Rossi) e decidir ser operado, perdendo as 3 corridas finais da época numa tentativa de regressar em forma para 2020.
Ao longo da época de 2019, Nakagami foi um dos pilotos que protagonizou boas lutas com a KTM de Miguel Oliveira na cauda dos pontos.
A sua carreira em MotoGP até agora compreende 34 partidas, sem vitórias ou pódios ainda, mas com a 13ª posição final em 2019e mais habituado à difícil Honda RCV…