MotoGP: Miguel e o lugar de Zarco
Nas rondas de imprensa de Silverstone, inevitavelmente o assunto da saída de Zarco e da possível entrada de Miguel Oliveira para a KTM oficial veio à baila.
O português foi diplomático nas suas declarações, como sempre, salientando o seu compromisso com a Tech 3 para 2020, mas admite que se a oferta para integrar a equipa de fábrica da Red Bull surgisse, a aceitaria e reconheceu que não “vê nenhum motivo para recusar” uma oferta se fosse o caso.
O piloto português ficou tão surpreendido como qualquer um por saber da decisão de Johann Zarco de se separar da fábrica austríaca no final do ano. “Uma grande perda para o projeto”, disse ele.
O vice-campeão de Moto2 e Moto3 disse que até agora não teve conversas com quadros da fábrica sobre tornar-se o companheiro de Pol Espargaró em 2020. “Eu sei o meu lugar e estou muito feliz aqui”, disse ele.
No entanto, até mesmo Oliveira reconheceu que “além de mim, não vejo ninguém realmente óbvio para o lugar. Se a oferta surgir, eu aceito-a”, – disse ele.
“Eu sei que as minhas obrigações são com a Tech3 para a temporada de 2020”, disse Oliveira. “Obviamente, foi uma surpresa para todos saberem que Johann não participará na equipa no próximo ano.
“É uma grande perda para o projeto, porque em última análise ele é um piloto fantástico. Não só profissionalmente, mas também do lado pessoal, acho que ele está numa situação muito difícil de momento”
“Sei que isso pode ser uma oportunidade, mas na verdade não cabe a mim decidir. Sei que as minhas obrigações estão aqui e continuarei a acreditar nisso até que me provem o contrário. É bem simples.”
Então falou-se sobre uma possível reestruturação? “Não, nada”, disse ele. “Quando se está a falar de um lugar disponível numa equipa de fábrica, não se pode apenas colocar lá qualquer pessoa.”
“A fábrica precisa de levar em consideração muitos aspetos. O feedback que o piloto dá, se é um piloto que vai pelo menos continuar a desenvolver a moto (…) mas não cabe a mim decidir. Estou muito feliz aqui, muito grato à Tech3.”
“Temos feito um trabalho fantástico até agora, gosto da equipa, gosto do ambiente, por isso vamos ver o que acontece no futuro.”
Aceitaria ele uma oferta para integrar a equipe da fábrica? “Quer dizer, o meu contrato é com eles [KTM], então tenho pouca influência no que eles decidirem “, disse ele. “Esta é a minha situação. Não vejo nenhum motivo para recusar, se isso acontecer, aceitarei. ”
E ficaria desapontado se não fosse considerado? “Não, não de todo. Como eu disse antes, desde Maio, sei o que estou a fazer para 2020, e essa é a minha ideia e modo de pensar.”
“E como eu disse, essa situação é bem nova, ainda na semana passada, ficámos todos chocados com a notícia. Com certeza, tem que haver algum tipo de reestruturação, mas não acho que seja possível decidir numa semana.
“De momento, precisamos de esperar e ver qual é a decisão, mas se a decisão chegar, será muito rápida e, por isso, será simples.”
Muito cordial a resposta do MO, no entanto todos sabemos que ele merece o lugar.
Agora a grande questão que se põe sempre no desporto motorizado é onde começam e acabam as qualidades da máquina e do piloto. O Zarco já deu provas de excelência. Era ele ou a moto? Agora que não está a resultar, é problema dele ou da moto?
Como se explica o Lorenzo?
E o Quartararo, nunca antes tinha feito nada extraordinário e ainda por cima agora com uma moto não oficial, a dar baile ao Rossi e ao Vinales?
O que faria o MO com essa moto?
Tudo questões que nunca terão resposta, mas que gostaria que os jornalistas especialistas abordassem, mas julgo que nunca terei esse prazer. Limitam-se a ler as tabelas de tempos e a traduzir (às vezes mal) as notícias dos sites !!!
Essas respostas que quer e muitas notícias daqui vêm tudo do motogp.com. Regista-te, procura quatro amigos para pagar a meias e tens tudo sobre mund motogp.