MotoGP, a atualidade: Marc Márquez Campeão, Parte 2
Continuando a saga de Márquez na MotoGP, o Campeão sofreu a primeira derrota da época de 2014 em Brno, mas venceu a corrida seguinte em Silverstone, derrotando Jorge Lorenzo.
Em Misano, caiu enquanto lutava pela liderança da corrida com Valentino Rossi; voltou a montar e, com a desistência na última volta de Aleix Espargaró, ainda conseguiu marcar um ponto no campeonato. Márquez e Pedrosa caíram com chuva intensa no final da corrida em Aragón e terminaram em 13º e 14º, com Lorenzo a vencer a sua primeira corrida do ano, depois de ter parado mais cedo da terceira posição para mudar para a sua moto de chuva.
Mesmo assim, Márquez conquistou o seu segundo título em Motegi, com três rondas restantes. Em Phillip Island, Márquez conquistou a sua 12ª pole position da temporada, igualando o recorde de Casey Stoner desde 2011, mas caiu enquanto liderava a corrida, a sua primeira desistência desde o Grande Prémio de Itália de 2013.
Em Sepang, Márquez bateu o recorde de Stoner, com a sua 13ª pole position da temporada, a sua 50ª num Grande Prémio. Conseguiu a sua 12ª vitória da temporada, igualando o recorde de Mick Doohan de mais vitórias na primeira temporada, que vinha de 1997. O resultado de Márquez também foi suficientemente bom para a Honda conquistar o campeonato de construtores, com uma corrida de sobra. Na última corrida em Valencia, Márquez bateu o recorde de Doohan, com a sua 13ª vitória da temporada.
A temporada de MotoGP de 2015 começou com Márquez, mais uma vez, como favorito, mas arrancou lentamente com um quinto lugar no Qatar, depois de um erro na Curva 1 o ter deixado no fundo da grelha de 25 pilotos.
Porém, venceu a segunda corrida da temporada no Texas, o seu terceiro triunfo consecutivo no Circuito das Américas. Na Argentina, Márquez partiu da pole position e liderou a corrida com uma vantagem máxima de quatro segundos. No entanto, Valentino Rossi fechou a diferença e apanhou Márquez.
Os dois pilotos entraram em contacto na Curva 5 a duas voltas do fim, com Márquez a cair para fora da corrida para registar o seu primeiro abandono desde o Grande Prémio da Austrália de 2014.
Depois, em Espanha, terminou em segundo atrás de Jorge Lorenzo, apesar de ter andado com um dedo fraturado na mão esquerda, após um acidente em MX, uma semana antes da corrida. Em França, Márquez conquistou a sua terceira pole position da temporada, mas caiu para o sétimo lugar no arranque. Ultrapassou Cal Crutchlow, que caiu, e na 22ª volta, protagonizou uma dura batalha pelo quarto lugar com Bradley Smith e Andrea Iannone, e finalmente terminou no quarto lugar à frente de Iannone.
Márquez não conseguiu terminar as corridas em Itália e na Catalunha, mas regressou ao pódio com um segundo lugar em Assen, depois de uma longa batalha com Rossi. Logo obteve vitórias consecutivas na Alemanha e em Indianápolis, antes de terminar 2º em Brno.
A seguir, Márquez caiu em Silverstone no molhado, mas ganhou em Misano. Márquez caiu ainda em Motorland Aragón e um quarto lugar em Motegi acabou com as esperanças de manter o título nesse ano. Na sua 130ª vitória em Grande Prémio, no Grande Prémio da Austrália, tornou-se no nono piloto a atingir essa marca, e o mais jovem a fazê-lo, aos 22 anos, 243 dias, com uma passagem de última volta por Lorenzo.
Porém, Márquez caiu na Malásia após uma colisão com Valentino Rossi. O incidente foi revisto pela Direção após a corrida, e Rossi recebeu três pontos de penalização, o suficiente para impor um arranque da parte de trás da grelha para a corrida final em Valencia. Márquez terminou em segundo lugar para afastar Lorenzo de Pedrosa em Valencia, com Lorenzo a ficar com o título mundial.
Tendo começado o ano de 2016 com um terceiro no Qatar devido a problemas de pneus e uma vitória na Argentina, Márquez conseguiu duas vitórias consecutivas com uma prestação dominante no Grande Prémio das Américas, no Texas, com seis segundos sobre Lorenzo, para conquistar a liderança do campeonato. A primeira corrida europeia realizada em Jerez, foi o primeiro verdadeiro teste à nova mentalidade de paciência de Márquez e provou-a ao terminar em terceiro lugar no Grande Prémio de Casa, atrás dos homens da Yamaha, Rossi e Lorenzo. Le Mans não foi uma boa corrida para Márquez, uma vez que a Honda sofreu com de falta de aceleração que Marc tentou compensar arriscando nas travagens para tentar manter-se no pódio mas apenas terminou em 13º lugar, após uma queda com Andrea Dovizioso, da Ducati, na curva 7.
Depois do mau resultado em França, Márquez e a sua equipa trabalharam para melhorar os resultados e manter a liderança. O seu trabalho deu-lhes três segundos lugares nas três corridas seguintes, o Grande Prémio de Itália, o Grande Prémio de Espanha e o TT Holandês e o primeiro lugar no Grande Prémio da Alemanha no Sachsenring.
Após estes quatro bons resultados, abrandou com uma quinta posição no Red Bull Ring, na Áustria, seguido de uma terceira posição em Brno e duas quartas posições em Silverstone e Misano. Mas depois veio o Grande Prémio de Aragón em que Márquez se sentiu muito confortável. Disse que achava que se adequava melhor ao seu estilo e provou-o ao ganhar a corrida.
Márquez conquistou o seu terceiro título de MotoGP e o quinto título mundial em Motegi, no Japão, com três rondas restantes, depois de Valentino Rossi e Jorge Lorenzo terem caído fora da corrida.
A equipa de Márquez criou uma T-shirt com o logótipo “Dá-me cinco”,” para celebrar o seu quinto título mundial na geral. As 3 últimas corridas foram na Austrália, Malásia e Valencia. No Grande Prémio da Austrália, caiu fora da corrida enquanto liderava, caiu enquanto perseguia o trio líder no Grande Prémio da Malásia em condições complicadas, mas remontou e terminou na 11ª posição, somando mais 5 pontos.
Márquez terminou a temporada de 2016 com um segundo lugar no Grande Prémio da Comunidade Valenciana de MotoGP, depois de ter lutado para ultrapassar Valentino Rossi e Andrea Iannone na primeira parte da prova. Márquez conseguiu afastar-se deles na segunda metade da corrida e começou a reduzir a diferença para o líder da corrida, Jorge Lorenzo, que acabou por cruzar a meta um segundo à sua frente.
Márquez iniciou a temporada de 2017 com um quarto lugar no Qatar, seguido de uma queda enquanto liderava na Argentina. Conseguiu a primeira vitória do ano no Texas, seguida pelo 2º lugar atrás do colega de equipa Pedrosa em Jerez. Sofreu então a segunda queda da temporada em França, seguida de uma dececionante 6ª posição em Mugello, lutando nas duas corridas com a falta de aceleração da Honda à saída das curvas. Terminou em segundo na Catalunha, apesar de ter sofrido várias quedas nos treinos e na qualificação. Depois, registou mais um pódio na Holanda, batendo Andrea Dovizioso e Cal Crutchlow numa batalha renhida no final da prova.
No entanto, a partir daí, a sorte começou a virar a favor de Márquez, tendo a sua oitava vitória consecutiva no Sachsenring, na Alemanha, ao mesmo tempo que assumiu a liderança do campeonato. Em seguida, obteve vitórias consecutivas na República Checa, depois de superar os seus rivais, ao optar cedo por pneus slick numa pista a secar.
Uma semana depois, na Áustria, perdeu por pouco com Dovizioso numa corrida emocionante. Sofreu então uma rara falha de motor em Silverstone, enquanto Dovizioso conseguiu mais uma vitória, deixando a dupla empatada em pontos. Em seguida, voltou à luta com vitórias consecutivas; primeiro numa corrida molhada em Misano, e depois na sua corrida em casa em Aragón. No Japão, voltou a ser derrotado numa última volta por Dovizioso, numa situação semelhante à da Áustria, mas venceu uma semana depois na Austrália, no que muitos acharam ser uma das melhores corridas dos últimos anos, enquanto Dovizioso terminou em 13º, depois de ter saido fora de pista.
Márquez falhou a oportunidade de selar o título na Malásia, terminando em quarto lugar, enquanto Dovizioso venceu, o que significa que a decisão do título iria para a última ronda em Valencia.
Márquez iniciou a corrida a partir da pole, mas por pouco evitou uma queda após uma defesa dramática na curva um, em que entoru pela gravilha de joelho no chão, caindo da 1ª para a 5ª posição. No entanto, momentos depois, Dovizioso caiu também na curva oito, entregando de imediato a Márquez o seu 6.º título mundial.
Márquez dominou a temporada de 2018, apesar das margens de tempo estreitas do plantel de MotoGP, aumentando mesmo o seu número de vitórias em corrida em comparação com as duas temporadas anteriores. Começou o ano a ficar aquém de Andrea Dovizioso na última curva no Qatar, antes de uma controversa prestação que fez com que Valentino Rossi caísse e resultou em penalidade, levando Márquez a ser destituído do quinto lugar na Argentina. Uma penalização de três posições por atrapalhar Maverick Viñales custou-lhe a pole position nos Estados Unidos.
Márquez seguiu com outra vitória ao vencer em Jerez, sobrevivendo a um deslize de alta velocidade em gravilha na pista após uma queda de Thomas Lüthi. Também conseguiu mais uma vitória em Le Mans. Ambas as vitórias foram as suas primeiras nos respetivos circuitos desde há quatro anos e deram-lhe a liderança no campeonato. Devido a uma queda em Mugello, a liderança caiu, antes de um segundo lugar na Catalunha, mas vitórias em Assen e Sachsenring levaram a que a vantagem fosse restaurada. O Sachsenring esteve entre os seus mais duros momentos em termos das suas nove vitórias na pista, enquanto em Assen teve de liderar uma matilha ferrenha para vencer.
Após as férias de verão, a Ducati venceu corridas sucessivas em Brno e na Áustria. Márquez terminou em terceiro na prova checa, mas perdeu por pouco com Jorge Lorenzo na última volta, na Áustria. Com o vencedor da corrida de Brno, Dovizioso, a terminar em terceiro na Áustria, a liderança do campeonato manteve-se. Depois de a prova britânica ter sido cancelada devido a condições perigosas num Silverstone (mal) reasfaltado, a Ducati conseguiu a terceira vitória consecutiva em Misano, com Dovizioso a bater Márquez.
Márquez selou o campeonato depois de três vitórias consecutivas em duelos com Dovizioso. As corridas em Aragón, Tailândia e Japão tiveram em comum que Dovizioso liderou desde o início da corrida, até que Márquez fez passes tardios bem-sucedidos e afastou o piloto italiano.
No Japão, Dovizioso caiu na penúltima volta a tentar apanhar Márquez, o que o deixou sem pontos e selou o título de Márquez, que conseguiu a terceira vitória consecutiva e a oitava vitória da época. Assim, com três rondas de sobra, Márquez alcançou o seu quinto título no Mundial de MotoGP e o terceiro título consecutivo, o primeiro piloto a fazê-lo desde que Valentino Rossi conquistara cinco consecutivos no início dos anos 2000.
Qualificou-se na pole position na Austrália, mas na 7ª volta foi ultrapassado por Andrea Dovizioso e Jack Miller, e três voltas depois a traseira da moto de Márquez foi atingida por Johann Zarco, o que fez com que Zarco caísse e o banco de Márquez colapsasse, acabando com a sua corrida.
Na Malásia, começou no sétimo lugar, mas obteve a nona vitória depois de o líder da corrida, Valentino Rossi, se ter despistado numa batalha renhida com Márquez, que o perseguia a apenas algumas décimas de segundo, terminando apenas no 18º lugar. No entanto, na última corrida da temporada em Valencia, caiu fora da corrida tendo escolhido pneus de chuva mais duros do que a oposição correta na pista encharcada.
No final da época, o total de 44 vitórias de Márquez no MotoGP colocou-o entre os cinco primeiros em vitórias e o segundo para a Honda na classe rainha.
A recuperar de uma cirurgia ao ombro, Márquez teve uma pré-temporada comprometida, mas ainda conseguiu levar a luta na estreia no Qatar até à curva final, onde acabou por ficar aquém de Dovizioso pela segunda vez consecutiva. Na Argentina, Márquez dominou por completo a corrida do início ao fim, cruzando a meta com uma margem considerável.
Enquanto liderava nos Estados Unidos pela sétima temporada consecutiva, Márquez caiu subitamente, atribuindo-se a queda a um problema com o travão motor em zonas de travagem violenta. Márquez vingou a queda, recuperando a liderança do título com uma vitória em Jerez, onde liderou do início ao fim. Depois ganhou em França, afastando-se depois de uma luta com Jack Miller pela posição da frente.
Depois de ter de se contentar com o segundo lugar em Mugello, numa batalha a três com a dupla Ducati Danilo Petrucci, que venceu a corrida, e Dovizioso, Márquez escapou por pouco à hecatombe desencadeada por Jorge Lorenzo em Barcelona, por ter ultrapassado Dovizioso segundos antes do impacto (envolvendo Viñales, Dovizioso e, por último, Valentino Rossi, todos derrubados no mesmo acidente).
Com os seus quatro rivais mais próximos eliminados ao mesmo tempo, Márquez controlou a corrida e venceu com uma margem considerável, a sua segunda vitória de carreira no Grande Prémio da sua região natal. Aumentou ainda mais a sua vantagem no título, passando pelo segundo lugar em Assen, onde terminou em segundo, atrás de Maverick Viñales, que estava a 100 pontos da classificação, enquanto os rivais mais próximos do título tiveram corridas difíceis.
Márquez dominou totalmente a ronda de Sachsenring para uma décima vitória consecutiva em todas as categorias no circuito, selando a quinta vitória da temporada e a liderança do título antes das férias de verão.
Márquez conquistou a sua 50ª vitória na carreira de MotoGP na ronda checa, depois de uma pole position de 2,5 segundos em condições complicadas e liderando a corrida do início ao fim.
Márquez conquistou o seu 6º título de MotoGP e o 8º título mundial, depois de ter vencido uma última volta com Fabio Quartararo no MotoGP da Tailândia de 2019, no Circuito Internacional de Buriram. Márquez fechou a temporada a comandar, vencendo três das quatro últimas corridas depois de o seu campeonato ter sido selado.
No penúltimo assalto, porém, lesionou-se no outro ombro na qualificação. Recuperou para terminar em segundo na corrida, mas a queda exigiu uma cirurgia pós-temporada mais uma vez. Márquez terminou a temporada com 12 vitórias e 420 pontos, colocando-o com 151 pontos de vantagem sobre Andrea Dovizioso. Isto significa que Márquez tinha uma margem de mais de seis vitórias em corridas.
2019 acabado, na pré-temporada Márquez assinou um novo contrato de cinco anos com a Honda, prolongando a sua permanência na marca até ao final de 2024. Este contrato, invulgarmente longo tirou Márquez do mercado para o ciclo normal de contratos bienais até à temporada de 2023.
Só na classe rainha, Márquez vai com 56 vitórias de 127 partidas, quase 50%, a que se juntam 95 pódios, 62 poles e 56 voltas mais rápidas… e está muito longe de parar por aqui!