MotoGP 2020: Veredicto Iannone “muito em breve”, segundo Viegas
O presidente da FIM, Jorge Viegas, comentou o alegado caso de doping Andrea Iannone – e com relação à lista de substâncias proibidas no motociclismo, promete reunir com o presidente da Agência Mundial Antidopagem WADA.
Antes do início da crise do Coronavírus no Campeonato Mundial de Motociclismo, uma coisa era particularmente preocupante: o suposto caso de doping envolvendo Andrea Iannone.
O piloto de fábrica da Aprilia está suspenso pela FIM desde 17 de Dezembro, porque diminutos traços da substância proibida drostanolona, um esteróide anabólico, foram detectados na sua amostra de urina no GP de Sepang a 3 de Novembro.
Em 4 de Fevereiro, o italiano de 30 anos e seu advogado Antonio De Rensis puderam comentar o caso perante o Tribunal Internacional Disciplinar (CDI) na sede da FIM em Mies, perto de Genebra, na Suíça.
Como a defesa forneceu, entre outras coisas, uma análise capilar para apoiar a tese de ingestão involuntária de carne contaminada, a promotoria teve cinco dias adicionais para estudar os documentos apresentados.
Por seu turno, o Tribunal Disciplinar Internacional tem 45 dias para chegar a um julgamento.
“O presidente da FIM não tem nada a ver com o procedimento”, enfatizou Jorge Viegas, presidente da Federação Internacional de Motociclismo, numa entrevista a um órgão local. “O caso foi analisado por advogados de ambos os lados, que apresentaram os vários documentos que consideraram necessários. Um comité de três juízes, todos muito experientes, anunciará a sua decisão muito em breve. Posteriormente, existe a possibilidade de apelar perante o TAS – Iannone ou o seu empregador, Aprilia, podem fazer isso se acharem a sentença demasiado severa; ou a Agência Mundial Antidopagem WADA, se a sanção for considerada insuficiente.”
Entretanto Iannone, que além de se preocupar com o seu futuro incerto na MotoGP também tem que lidar com a separação da influenciadora italiana Giulia De Lellis (24), é combativo: “Nasci para suor e sacrifício, vou lutar até à morte”, escreveu “The Maniac” no Instagram este fim-de semana.
Quando o CEO da Dorna, Carmelo Ezpeleta, comentou sobre o caso de doping, pediu a elaboração de uma lista de substâncias e métodos proibidos para o motociclismo:
“De momento, a lista de doping aplica-se por igual para todos os desportos. Mas o automobilismo e principalmente o MotoGP são especiais”, explicou o espanhol.
O que pensa o presidente da FIM sobre isso? As substâncias proibidas na lista da WADA adequam-se à modalidade do desporto motorizado?
“No nosso caso, habilidade, atitude psicológica e coragem são mais importantes que a pura força física. Sem mencionar o problema dos analgésicos”, afirma Viegas.
“Tenciono encontrar-me com o novo presidente da WADA, Witold Banka, para descobrir se seria possível elaborar uma lista mais adequada ao nosso desporto”, prometeu o primeiro português presidente da FIM.