MotoGP, 2020: Márquez renova com Honda até 2024!
O Espanhol oito vezes Campeão Mundial acaba de prolongar o seu contrato com a HRC até 2024.
São nada menos que 12 temporadas com a Honda, marca para a qual pilotou toda a sua carreira. Mais quatro anos de uma parceria formidável, que vê o número 93 assinar pela HRC para continuar a ser piloto da Honda Repsol até ao final de 2024.
O campeão do mundo é o piloto mais dominante da Honda na classe rainha de sempre. As suas 56 vitórias, 95 pódios, 62 poles e seis títulos mundiais entre 2013 e 2019 estabeleceram o número 93 como o homem a bater na atual era de MotoGP, e a sua magnífica carreira já se consolidou como uma das maiores e mais bem-sucedidas de todos os tempos.
Mais quatro anos da parceria mais formidável que já presenciámos é ao mesmo tempo cativante e aterrador…
Apenas o ex-companheiro de equipa e lenda do MotoGP Dani Pedrosa teve uma carreira mais longa com a Honda. O tricampeão mundial passou toda a sua carreira de Grande Prémio com os gigantes japoneses, desfrutando de 18 anos de sucesso em todas as classes, incluindo 13 na MotoGP.
Há outros grandes de todos os tempos que também tiveram grande sucesso com apenas um fabricante. Wayne Rainey e Kenny Roberts competiram sete e oito temporadas, respectivamente, com a Yamaha, conquistando três títulos cada. Kevin Schwantz esteve com a Suzuki durante 10 anos, conquistando um título entre 1986 e 1995, com Wayne Gardner a competir em 10 temporadas com a Honda, conquistando o título de 500cc em 1978.
Marc Márquez e a Honda já são uma dupla icónica. E dizer que o motociclista nascido em Cervera teria de trocar de fabricantes para provar que é um dos maiores de sempre é um argumento falacioso.
Mais quatro anos de Marc Márquez e Honda HRC estão a caminho, entre 2020 e 2024, cabendo aos rivais derrubá-los do poleiro.
Com apenas 0,345 de segundo a dividir todas as fábricas no Teste de Sepang, parece que os atuais campeões mundiais não terão as coisas facilitadas em 2020. Potenciais vencedores sedentos de glória esperam, montados em Yamaha, Ducati, Suzuki, KTM e Aprilia esta temporada, quando nos preparamos para um ano em cheio. O Teste do Qatar, já a seguir de 22 a 24 de Fevereiro, vai oferecer mais perguntas e respostas antes do início da ronda inaugural no Circuito Internacional de Losail, nos dias 6 e 8 de Março.
É tão falacioso dizer que MM teria que mudar de marca para “provar” algo, como dizer que a Honda é fraca só porque mais ninguém consegue ganhar com esta mota. A mota tem sido de longe a melhor dos últimos anos.
É a que melhor se adapta a diferentes condições e circuitos.
O MM, se cumprir este contrato até ao fim (algo que duvido) nunca irá atingir o patamar daqueles que, por amor ao desporto, decidiram deixar uma mota ganhadora (o caso do Rossi é paradigmático duas vezes), e rumaram a uma marca que não ganha por lhe faltar aquele piloto diferenciado.
KTM e Ducati à cabeça.
Não me interpretem mal, apesar de n gostar do estilo de pessoa que o MM é, o piloto é simplesmente espetacular. A forma como domina a mota, a forma como entende principalmente a frente, a forma como fisicamente é um verdadeiro atleta e não apenas um jeitoso que sabe andar (como o Miller) fazem dele sem dúvida um dos melhores de todos os tempos. E irá bater todos os recordes possiveis para quem só pilotou uma mota.
O MM talvez fosse campeão com a KTM. E quase de certeza que o iria ser com a Ducati.
Decidiu continuar na zona de conforto mas vamos ver se o Quartararo não se vai revelar o seu verdadeiro castrador de sonhos.
O puto anda mesmo muito.
Abraço.