MotoGP, 2020: Corridas à porta fechada
O MotoGP espera agora que uma redução do pessoal ao mínimo e um protocolo abrangente de testes de Coronavírus ajudem a obter luz verde das autoridades para corridas à porta fechada. Quando e onde a temporada de MotoGP de 2020 irá começar permanece incerto, mas estão a ser implementados planos para eventos à ‘porta fechada’, sem espetadores e apenas pessoal essencial no circuito.
Para tentar obter a aprovação dos governos para tal medida, o MotoGP teria de fornecer às autoridades um número exato de quantas pessoas estariam presentes e, provavelmente, de onde estariam a viajar.
Por essa razão, foi enviado um e-mail às equipas no início desta semana solicitando uma lista do pessoal mínimo que exigiriam para participar em segurança num evento à porta fechada na Europa.
O CEO da Dorna, Carmelo Ezpeleta, disse:
“Estamos a preparar um protocolo em conjunto com as autoridades competentes, por exemplo, o Conselho Desportivo de Espanha e o Comité Olímpico Italiano, além de diferentes laboratórios… para ter meios para controlar todo o paddock do Grande Prémio.”
“Já encomendámos através de uma empresa que é detida pela Bridgepoint (também proprietária da Dorna) material para termos a possibilidade de fazer 10.000 testes de coronavírus, para testar toda a família MotoGP antes e depois de cada dia.”
“No cenário que agora contemplamos, haveria corridas à porta fechada com o menos pessoal possível nos circuitos para todos, equipas e organização.”
Estimativas anteriores sugerem que um total de cerca de 1.000 funcionários principais continuariam a ser necessários para um evento à porta fechada.
Ezpeleta revelou que as respostas das equipas indicaram até agora “40 pessoas por equipa de fábrica de MotoGP e 25 por satélite”, no mínimo, embora alguns funcionários estejam a trabalhar para ambos.
Hospitalidade, patrocinadores, relações públicas e meios de comunicação não estariam presentes, embora as empresas de TV pudessem ter uma pessoa na pista e as restantes baseadas num estúdio.
Apesar do Grande Prémio da Alemanha, atualmente listado como a ronda inaugural a 21 de Junho, afirmar que pediria uma nova data devido à proibição alargada do país de grandes reuniões públicas, Ezpeleta ainda não descartou a manutenção do Sachsenring como uma ronda à porta fechada.
“No dia 27 da Abril vamos falar com a Alemanha e a Holanda, para ver qual é o cenário para corridas no final de Junho. Depois, o próximo é em Julho, na Finlândia, mas isso é complicado por questões de homologação.”
“Dependendo se a Alemanha pode ou não correr sem espetadores, vamos considerar as coisas a partir daí. O cenário mais otimista seria começar na Alemanha, o que considero difícil, mas temos de esperar.”
O outro seria começar em Julho, recolocando algumas das corridas que foram adiadas, mas ainda não podemos propor nada nesta fase. Claro que é uma decisão que, o mais tardar, deve ser tomada em Maio, para termos um mês e meio para organizar um evento.”