MotoGP, 2020: A carreira de Miguel Oliveira num ápice

Por a 25 Agosto 2020 14:00

Miguel Ângelo Falcão de Oliveira nasceu a 4 de Janeiro de 1995 na freguesia do Pragal, em Almada, e é o primeiro piloto português a competir a tempo inteiro no Mundial, a conquistar pódios e vitórias em Grandes Prémios, e finalmente, a ascender à MotoGP.

O homem por detrás do mito: Paulo Oliveira

O pai Paulo Oliveira, ex-piloto do Nacional de Velocidade, deu-lhe a sua primeira moto aos quatro anos, e Miguel começou a correr aos nove, ganhando o prémio Revelação do Ano atribuído pela Confederação do Desporto de Portugal.

Se alguém tiver uma mais cedo do que esta, queremos vê-la! Um ano antes de começar a correr!

Os seus primeiros sucessos ocorreram em 2005, com o Campeonato de Portugal de MiniGP e o Metrakit World Festival, em Espanha. Em 2006 ganhou todas as corridas do Campeonato Andaluz e em 2007 o Troféu Mediterrânico de 125.

Em 2009 foi terceiro no campeonato espanhol e, em 2010, bateu-se com Maverick Viñales pelo título, terminando em segundo lugar por apenas dois pontos. 2011 foi a sua primeira temporada no Mundial, ainda nas 125cc, com a equipa Andalusia-Cajasol. Depois de um 10º lugar na sua estreia no Qatar, o seu melhor resultado foi 7º no Estoril e alcançou seis top 10 na sua primeira temporada.

Poucos se lembram que Oliveira também venceu na Red Bull Rookies

Miguel competiu pela equipa Estrella Galicia 0,0 em 2012, e depois pela Mahindra Racing em 2013 e 2014, a quem deu uma primeira pole e ajudou a projetar internacionalmente. Depois de ingressar na KTM Ajo Red Bull, tornou-se o primeiro piloto português a vencer um Grande Prémio com uma vitória histórica nas Moto3 em Mugello.

Oliveira fez tudo o que podia para conquistar o título e venceu as três últimas corridas de enfiada, mas ficou a seis pontos de distância, como vice-Campeão. Subindo à classe Moto2 para 2016, Oliveira conseguiu três resultados do Top 10 com um 9º lugar em Le Mans, 8º lugar na Catalunha e outro 9º lugar em Brno, antes de quebrar a clavícula após uma colisão durante os treinos para o Grande Prémio de Aragón, que o afastaria de Phillip Island e Sepang.

Oliveira depois de vencer a Moto2 em Brno, 2018

 

Para a temporada de 2017, Oliveira regressaria à KTM, e em 22 de Outubro desse ano, alcançou a sua primeira vitória no Moto 2 e a primeira de sempre para a KTM na classe. Oliveira também venceu a corrida seguinte na Malásia e fechou a Moto2 de 2017 com três consecutivas, vencendo a última corrida em Valencia.

No início de 2018, foi eleito Desportista do Ano pela Confederação do Desporto de Portugal, e continuou na equipa da KTM Red Bull Ajo, somando três vitórias, dois quintos e quatro terceiros lugares, num total de 12 pódios. Foi o único piloto da classe que não sofreu quedas em corrida ao longo do ano, terminando no segundo lugar do campeonato com 297 pontos.

Em 2019 correu a sua primeira temporada como piloto no Mundial de MotoGP, mantendo a sua ligação com a KTM na equipa Tech3. Numa temporada em evolução, conseguiu um fantástico oitavo lugar na Áustria como melhor resultado e terminou o ano com 33 pontos, depois de uma lesão sofrida em Silverstone ter condicionado as suas prestações nas últimas corridas do ano.

Este ano, com a KTM muito melhorada, Miguel tem sido um protagonista regular nos treinos, mas também foi afetado por azares, como quando após a sua melhor qualificação para a grelha de sempre, com 5º em Jerez, foi abalroado pelo seu colega de marca Binder, ou, duas corridas depois, um encontro próximo com Pol Espargaró o deixou de fora…

Finalmente, este domingo não houve erros e o seu primeiro pódio, para a história, seria uma vitória!

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