1949-2019: Consolidando a MotoGP
Tendo começado oficiosamente em 1949, quando por vezes uma ronda como a Ilha de Man ou um “Grande Prémio das Nações” realizado num único evento decidia o Mundial, a atual MotoGP na verdade atingiu a era moderna com o envolvimento a sério das marcas japonesas, que acabaram por trazer maior profissionalização a todo o Campeonato. A seguir, faltava ganhar a batalha para tornar a MotoGP num desporto global, expondo as emocionantes corridas a uma vasta audiência por todo o Mundo.
1979: Honda regressa com tecnologia de quatro tempos
Depois de se retirar do desporto em 1967, a Honda voltou a competir na categoria rainha de MotoGP em 1979. Numa tentativa de fazer as coisas de maneira diferente, foi contra a tendência da época, ao optar por um motor de quatro tempos, em vez do então popular motor a dois tempos.
O resultado? Menos que brilhante! As quatro tempos da Honda não apareceram até o Grande Prémio da Grã-Bretanha de 1979 – a 11ª corrida da temporada – onde ambas as se retiraram prontamente.
1980: estrelas americanas e australianas em motos japonesas
A década de 1980 foi uma década glamorosa para as corridas de motos de Grande Prémio, e produziu algumas das maiores batalhas já vistas em duas rodas.
Wayne Rainey, Freddie Spencer, Eddie Lawson e Wayne Gardner fizeram uma série de exibições espetaculares e intensas nas motos Yamaha e Honda, ajudando a aumentar a audiência global do desporto. Para muitos fãs de motociclismo em todo o mundo, esses personagens coloridos representaram os anos de ouro da modalidade.
Década de 2000: O nascimento oficial do MotoGP
Depois do domínio da Honda nas corridas de 500cc nos Grandes Prémios nos anos 90, o novo milénio assistiu a grandes mudanças no desporto. Valentino Rossi conquistou o seu primeiro título de 500cc na categoria rainha em 2001 e, no ano seguinte, o desporto foi oficialmente renomeado como MotoGP.
A mudança de nome viu mudanças radicais e novos regulamentos técnicos. Os motores de quatro tempos foram reintroduzidos e o tamanho das motos de MotoGP da classe rainha aumentou para 990cc. Rossi, tendo ganho o derradeiro título nas 500cc a 2 tempos, ganhou a seguir o novo título do MotoGP por quatro anos consecutivos entre 2002 e 2005.
Em 2007, os regulamentos técnicos do MotoGP foram novamente alterados, diminuindo a capacidade do motor para 800cc. Casey Stoner, da Austrália, tirou proveito, conquistando o título com a fabricante italiana Ducati e quebrando o domínio de três décadas das máquinas construídas pelo Japão.
2012 e 2016: alterações técnicas
Para a temporada de 2012, as máquinas de MotoGP atingiram os 1.000cc, dando início a uma nova era de domínio dos pilotos espanhóis e uma nova rivalidade entre Jorge Lorenzo e Marc Márquez.
Em 2016, a Michelin substituiu a Bridgestone como fornecedora de pneus, e as mudanças nos pacotes de hardware e software a bordo das motos ajudaram a nivelar o campo de atuação. Nesse ano, houve um recorde de nove vencedores diferentes de Grandes Prémios.
Antes do seu rival mais jovem assumir o controle, Jorge Lorenzo ganhou os títulos de 2012 e 2015 com a Yamaha. Marc Márquez tornou-se no mais jovem campeão de sempre de MotoGP em 2013 e lidera a temporada de 2019 como campeão em título, com cinco títulos sob o seu nome.
Com mais cobertura e mediatização que nunca, e pela primeira vez um português nas fileiras da MotoGP, além do duelo entre Márquez na Honda e Dovizioso na Ducati, 2019 prometeu, e tem vindo a entregar, um emocionante novo capítulo na evolução do MotoGP.