MotoGP, Time attack final vale importante passagem à Q2 para Miguel Oliveira
Miguel Oliveira terminou o primeiro dia do Grande Prémio de Espanha de MotoGP no sétimo lugar, garantindo assim a passagem direta à Q2, algo que acaba por ser crucial, devido à quantidade de nomes fortes que vão ter de passar pela Q1.
Na primeira sessão de treinos livres, Miguel Oliveira chegou a ter o tempo mais rápido durante a maior parte da sessão, chegando aos últimos 15 minutos na primeira posição, com 1:37.976. Contudo, na hora do time attack, o português melhorou o seu tempo para 1:37.633, mas não foi suficiente para se manter no top-10, terminando a P1 na 13.ª posição, a 244 milésimos de Maverick Viñales, décimo classificado. De resto, o piloto da RNF terminou a 863 milésimos do mais rápido da primeira sessão, o wild-card Dani Pedrosa.
Na segunda sessão de treinos, o português, tal como a grande maioria, esperou pela reta final para lançar o seu time attack, conseguindo melhorar o seu tempo, algo que nem todos fizeram. O luso fez a sua melhor volta em 1:36.956 minutos, ficando a 248 milésimos do mais rápido do dia, Aleix Espargaró.
“Na primeira sessão, tivemos um pequeno problema com o travão dianteiro, fiquei sem travão devido a um problema. Quando mudamos o pneu, todo o sistema de travões está sempre bem sangrado, só que os óleos estão quentes, desta vez não trocámos os discos e houve ali uma complicação, tive de reajustar bastante a manete, mas fiquei sem travão e custou no acelerador, não consegui travar. O último tempo da sessão era uma oportunidade fantástica para fazer uma volta rápida, já que sabíamos que, à tarde, ia ser muito difícil devido à temperatura e ao vento, mas ainda conseguimos salvar o dia com uma boa volta. Na segunda sessão, saímos nos últimos minutos, com uma bandeira amarela na minha primeira volta e outra na minha última volta. A volta do meio foi perfeita e consegui colocar a mota dentro do top-10, que era o objetivo. Tive um ritmo aceitável, não me vejo como um dos pilotos com mais ritmo, mas o meu ritmo está muito próximo. Vai depender agora de alguns ajustes que nós possamos fazer amanhã. Já não temos muito mais oportunidade de testar a mota para a corrida, amanhã de manhã, as condições são bastante diferentes do que vamos encontrar à tarde, mas vamos dar o melhor e qualificar bem”, disse, em declarações à Sport TV.
“É um desafio todos, temos já este primeiro dia como base. Considero que o nosso primeiro dia foi muito bom, conseguimos todos andar bastante rápido, inclusivamente o Aleix e o Maverick foram primeiro e segundo da sessão da tarde, temos boa informação para comparar. Claro que as motos são completamente diferentes, mas conseguimos ver o que eles fizeram a nível de alterações para podermos tentar escolher uma direção para experimentar amanhã de manhã. É sempre bom passar logo direto para a Q2. Na Q1, os dois primeiros vão sempre muito rápido, os dois primeiros tempos da Q1 chegam a ser tempo de primeira ou segunda linha na Q2. É importante termos agora este intervalo entre a FP3 e a qualificação para apanhar ar e recuperar, ter de fazer duas sessões é sempre diferente de fazer só uma. Fizemos um bom trabalho, a primeira sexta-feira que faço de forma normal, porque as de Portimão e Austin foram um desastre, foi um passo na direção certa”, referiu.