MotoGP, Qatar: Dunlop com novos compostos para a Moto2

Por a 29 Março 2021 17:00

A temporada de 2021 do Campeonato do Mundo de Moto2 e Moto3 da FIM teve início no último fim de semana com o Grande Prémio do Qatar, dando assim início a Dunlop à sua 12ª e 10ª temporada enquanto fornecedor exclusivo de pneus para ambas as categorias.

A categoria intermédia de Moto2 conta com quatro fabricantes, todos fazendo uso de um motor tricilíndrico de 765 cc fabricado pela Triumph. Ao longo da temporada, os 30 pilotos desta classe dispõem de uma gama de três pneus dianteiros e cinco traseiros da Dunlop. Esta variedade permite à Dunlop adaptar os pneus às características de cada pista, e confere às equipas a oportunidade de definirem estratégias baseadas na performance dos pneus. Dento dessa gama, as equipas podem escolher duas especificações dianteiras e duas traseiras por Grande Prémio.

Este ano, a Dunlop introduz duas novas especificações traseiras. Uma delas é o composto “Supermacio”, destinado a oferecer a máxima aderência em circuitos com permanentes acelerações e fortes travagem; a outra é um composto “Assimétrico” (Duro/macio) com diferentes características de cada lado do pneu. Este composto, é por exemplo adequado a Phillip Island e Sachsenring, dois circuitos que desgastam muito mais o lado esquerdo do pneu do que o direito.

Stephen Bickley, Engenheiro-Chefe de competição da Dunlop, explica: “Um circuito como Phillip Island ou Sachsenring causa muito desgaste no lado esquerdo do pneu. O nosso novo pneu traseiro assimétrico possui um composto mais duro no lado esquerdo, e outro composto mais macio do lado direito, para que, no equilíbrio final, ambos os lados suportem a distância da corrida. O novo pneu Supermacio foi concebido para pistas como Red Bull Ring, Buriram e Motegi. Anteriormente, o nosso pneu mais macio podia aguentar quase duas vezes a distância de corrida nesse tipo de circuitos, pelo que fazia sentido conseguir mais aderência com um composto ainda mais macio”.

Nas duas últimas temporadas foi alcançada uma enorme melhoria na performance das Moto2. Tal deve-se, em grande parte, ao desenvolvimento e à introdução de uma nova medida de pneu traseiro em 2019, e de um pneu dianteiro de maiores dimensões em 2020. Stephen Bickley acrescenta: “Analisando as duas últimas temporadas, veja-se a quantidade de recordes da volta que foram batidos em Moto2. Foram estabelecidos novos recordes da volta em 20 ocasiões, e recordes históricos em 23 ocasiões. Queremos sempre continuar a progredir e a desenvolver os pneus, e as duas novas especificações traseiras para 2021 ajudarão as equipas em alguns dos circuitos mais exigentes do calendário”.

Alta competitividade em Moto3

A Moto3 é a categoria das motos mais ligeiras, mas as suas disputas roda com roda traduzem-se em algumas das corridas mais renhidas do desporto motorizado. Esta temporada, vinte e oito pilotos estão a competir com estas motos de 250 cc; e, com 10 diferentes vencedores em 15 corridas, no ano passado, o nível de competitividade é elevadíssimo. “As equipas adaptaram-se na perfeição aos nossos pneus. Percebem como funcionam, e nós sabemos como gostam de trabalhar. Estamos a disponibilizar às equipas, em cada corrida, duas especificações dianteiras e duas traseiras”, diz Gary Purdy, Engenheiro de Corrida da Dunlop.

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