MotoGP, Pol Espargaró: “Tive oportunidade de ficar na Honda”

Por a 14 Setembro 2022 13:00

Pol Espargaró está a cumprir a reta final como piloto da Honda, regressando à KTM no próximo ano para integrar o projeto da GASGAS. O espanhol diz que teve oportunidade de permanecer na Honda, explicou os motivos da mudança e falou das dificuldades que tem sentido na equipa atual.

“Tive oportunidade de ficar na Honda, o que, para mim, era um sinal de respeito para com eles. Eles sabem que a moto não está a ter uma boa performance, podiam ter dito que eu não era bom o suficiente e para eu sair do projeto. Mas deram-me uma oportunidade, gostaram de mim, mas eu escolhi outra coisa”, começou.

“Quero ir para uma moto que sei que vai ser rápida, onde conheço as pessoas, que me vão dar tudo o que têm para que eu seja rápido. Vou para lá para tentar ser o melhor GASGAS, e depois ser o melhor na KTM. Tenho algo extra, que é a minha experiência em construtores diferentes. Acho que posso trazer um pouco mais do que velocidade e resultados puros. Estou aberto a tudo, tentar fazer o meu melhor nos resultados, mas também no desenvolvimento da moto”, disse.

“Esperava que este ano, depois da pré-época e da primeira corrida no Qatar, que fosse um bom ano. Não tive quedas na pré-época e fomos rápidos. Mas depois em Mandalika, quando os pneus mudaram, estava chocado e perguntei ‘O que é que se está a passar?’. Não conseguia perceber, tudo tinha desaparecido”, referiu.

“A Honda, nos últimos anos, tem tido muitas dificuldades, mas este ano tem sido algo extraordinário. Também temos a chegada de novos pilotos e muitas Ducatis na grelha, o que torna a situação ainda mais difícil, especialmente aos sábados. É muito difícil qualificarmo-nos na frente e depois ter uma boa corrida. Estamos em dificuldades, a moto não está a funcionar bem, não temos partes para melhorar a situação e tudo parece muito lento. Quando precisas de pensar muito sobre alguma coisa, é preciso tempo, e, em competição, tempo significa corridas e perder, perder, perder. E isto é frustrante. Por outro lado, quando os japoneses trazem algo, sabemos que vai ter o resultado que esperam”, declarou.

“Para um piloto, psicologicamente, não é fácil. Fisicamente e mentalmente, sou maduro o suficiente para encarar os problemas de forma diferente, não tenho arrependimentos. Gosto da minha decisão, aprendi muito e tenho pessoas fantásticas que me fizeram crescer muito. Vou aproveitar essa experiência no futuro para ser melhor piloto”, concluiu.

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