MotoGP, Pol Espargaró: “Serei o primeiro a sair se não tiver performance”
Pol Espargaró vai finalmente regressar a um Grande Prémio de MotoGP desde o acidente que teve no início do ano em Portimão. O espanhol quer ir com calma no início, para depois ir aumentando o ritmo, e não está preocupado com as conversas sobre o seu futuro, mesmo que o seu contrato só termine no final do próximo ano.
“É uma mistura de emoções, estou ansioso por voltar à moto, mas também algo preocupado pelo que vai acontecer. Estive fora muito tempo e agora vou voltar a uma máquina com quase 300 cavalos de potência e 150 quilos. Quero ir com calma nas primeiras sessões, porque é tudo muito rápido e vou ter de ter paciência. No sábado e domingo, quero aumentar um pouco de velocidade. Quero fazer este fim de semana e depois ir para a Áustria, onde sou normalmente bom e recuperar a sensação de velocidade. A equipa vai-me mantendo calmo, diz para eu relaxar. Não podemos forçar as coisas na posição em que estamos, depois de falhar metade da época, os outros já correram o dobro. Vou sofrer muito, especialmente nos primeiros dois/três dias, mas este é um local que eu gosto, a temperatura não é muito alta, fisicamente vai ser melhor. Vai ser uma boa preparação para a Áustria, não vou estar a 100%, mas já é alguma coisa”, disse.
“Estou feliz com isso, o Pierer Group Mobility foi muito bom comigo. Não esperava que me tratassem da maneira que me trataram no último mês, senti muito amor do lado deles, disseram sempre para não me preocupar com isso, o mais importante era recuperar e depois correr e ver o que acontece. Não estava preocupado com o contrato, o mais importante era chegar em plenas condições. Tenho contrato até 2024, não estou preocupado, e quero provar que posso estar aqui. Se não for suficientemente rápido no próximo ano, tenho de sair, mas adoro esta fábrica. Se os resultados não vierem, vou deixar os jovens, como o Pedro e o Augusto, brilharem. A equipa esforça-se muito para meter a moto no pódio e espero conseguir. Se não conseguir, alguém o fará, e eu ficarei feliz. Isto seria só para o próximo ano, mas mesmo os pilotos com contrato sabem que têm de ter performance. Todos os construtores se esforçam muito, e, se o piloto não tiver boas performances, é preciso encontrar uma solução. Serei o primeiro a sair se não estiver bem, isso não me preocupa. Quero ter boa performance e mostrar a todos que este é o meu lugar”, referiu.