MotoGP, Pol Espargaró (DNF): “Não estamos a trabalhar o suficiente”
Pol Espargaró sofreu uma queda na primeira volta do Grande Prémio de São Marino, sendo apanhado numa situação que não foi causada por ele. Contudo, o espanhol mostrou-se altamente frustrado com a Honda, dizendo que não está a trabalhar o suficiente e que, quando se começa uma corrida tão atrás, é normal que estas situações aconteçam.
“Está tudo nas nossas mãos e as coisas não acontecem por acaso. Começamos atrás, e, começando atrás, temos mais problemas. Claro que não foi culpa nossa, fomos apanhados primeiro pelo Brad, que entrou demasiado rápido na primeira curva, mas nada de errado, apenas agressivo. Ele empurrou o Johann, o Johann empurrou o Pirro e o Pirro empurrou-me. Podemo-nos queixar de tudo, mas começámos quase em último porque não somos suficientemente rápidos. Isso é o principal”, disse.
“Eu posso puxar o que quiser, mas se sou lento e a moto não funciona, o que é que posso fazer? Quero ser o piloto mais rápido da grelha, estou motivado, estou no melhor momento da minha carreira física e psicologicamente, mas é super frustrante porque não consigo aproveitar. O resultado da queda de hoje é porque não estamos na posição em que devíamos. Podemos queixar-nos dos outros, mas temos de nos focar em nós. Tentar fazer melhores sábados, sermos mais rápidos em qualificação e as corridas são muito fáceis. Se começares na frente, ninguém te toca. Devíamos estar nessas posições”, referiu.
“Estamos naquelas posições em que estamos sempre em risco. Vemos as Ducatis a fazerem duas voltas, mas uma delas é sempre suficiente para passar à Q2. Precisamos de arriscar tudo para fazer essa volta perfeita para nos qualificarmos para a Q2. Podes fazer isso uma vez, mas quando tentas outra vez, cais, aconteceu-me no sábado de manhã. Sou o primeiro a querer começar na frente e a fazer coisas diferentes, mas não é fácil. Temos de trabalhar mais para melhorar a situação, é a única maneira de melhorar, trabalhar. Não estamos a trabalhar o suficiente”, declarou.
“Quantas partes é que testámos desde o Qatar? Não muitas. No teste, não parece que tenhamos muitas coisas para testar. Assim não melhoramos e vemos os outros a meter asas na moto a cada dois ou três meses. Estão a tentar melhorá-la e estão sempre mais rápidos. A corrida de hoje foi meio segundo por volta mais rápida do que a do ano passado, onde estivemos no pódio com o Marc. Seríamos ridiculamente maus no ano passado também, em comparação com este ano. Precisamos de melhorar”, concluiu.