MotoGP, Os detalhes do segundo dia de testes em Sepang, equipa a equipa
Jorge Martín (Pramac) foi o piloto mais rápido no segundo dia de testes de MotoGP em Sepang, rodando em 1:58.736 minutos, com vantagem de 103 milésimos para Miguel Oliveira (RNF) e 145 milésimos para Pol Espargaró (GASGAS), ambos com as suas melhores voltas do fim de semana. Num dia bastante afetado pela chuva (choveu durante a noite, o que fez a pista estivesse húmida no início, chovendo também depois durante a tarde), os pilotos só tiveram um par de horas em pista seca. Aqui ficam os detalhes do segundo dia, equipa a equipa.
Na Ducati, apesar do melhor tempo, Martín sofreu uma queda na curva 7 que o levou ao centro médico para receber tratamento na mão. Não sendo nada de grave, o espanhol diz que espera poder pilotar no domingo sem problemas. Martín comparou a aerodinâmica, mas disse que a queda afetou a sua certeza das diferenças dos pacotes. Tanto ele como o colega de equipa Johann Zarco tinham um braço oscilante para testar, com pequenas diferenças. Zarco foi 15.º e Gino Borsoi referiu que Zarco permanece com funções de testes, mas o trabalho vai ser mais espalhado pelos outros pilotos da Ducati a partir de agora. Francesco Bagnaia foi o segundo mais rápido da Ducati, quinto na geral, com ambas as suas motos com a carenagem aerodinâmica. Enea Bastianini também testou a aerodinâmica, mas também as especificações dos motores, terminando o dia de hoje em nono. Luca Marini (VR46) foi sétimo, com o colega de equipa Marco Bezzecchi, mais rápido de sexta-feira, a ser 12.º hoje. Na Gresini, Fabio Di Giannantonio terminou em 14.º, com Álex Márquez 17.º.
Na Aprilia, o piloto mais rápido foi Miguel Oliveira (RNF), cujo 1:58.839 o coloca no top-5 da tabela combinada. Esse tempo fica também a um décimo do seu tempo mais rápido na KTM no teste de Sepang do ano passado, com o português a voltar a impressionar. O colega de equipa Raúl Fernández foi sexto na tabela de tempos de hoje antes da chegada da chuva, com ambos a trabalharem com especificações de 2022. Na equipa de fábrica, Maverick Viñales testou uma pequena variação das asas aerodinâmicas que vimos na Aprilia esta semana. Aleix Espargaró, por seu lado, teve um dia mais complicado. O número 41 caiu na curva 12 antes da hora de almoço, antes de sofrer um problema técnico na última hora do dia.
Na KTM, Pol Espargaró (GASGAS) tinha uma moto com um novo chassis e foi visto a utilizar a atualização aerodinâmica testada por Brad Binder e Jack Miller em Valência. Ficou com sensações positivas sobre essa atualização e sobre os números de velocidade de ponta, dizendo que as voltas foram valiosas, apesar de serem poucas. Também esteve perto de colidir com Bagnaia, passando pelo campeão e saindo largo, mas ambos continuaram o seu plano depois de alguns gestos. Augusto Fernández continuou com o novo assento e foi testando partes enquanto se adapta à moto e ao MotoGP. Na equipa de fábrica, Jack Miller foi o primeiro a vir para a pista, tal como na sexta-feira, com os seus tempos a baixarem até à hora de almoço. O australiano terminou o dia em 19.º. Brad Binder, por seu lado, concluiu no décimo lugar, passando a maior parte do dia a testar aerodinâmica, fosse na atualização vista em Valência, fosse no pacote testado por Dani Pedrosa no terceiro dia de shakedown.
Na Yamaha, Fabio Quartararo começou o dia com o novo pacote aerodinâmico em ambas as motos que tinha na garagem, com o francês a usar também algumas partes que testou no primeiro dia, de modo a continuar a avaliá-las no tempo em piso seco limitado que os pilotos tiveram. Quartararo – que teve sensações positivas sobre o seu dia de trabalho – também utilizou as condutas testadas por Katsuyuki Nakasuga no primeiro dia, registando ainda 335.4 km/h nas zonas de velocidade – o terceiro melhor registo, atrás de Bagnaia e Martín. A Yamaha tem duas especificações de 2023 em Sepang, tendo de decidir qual vai utilizar durante a época. Franco Morbidelli também tinha o novo pacote aerodinâmico em duas motos, mas o italiano também testou o pacote antigo no segundo dia. Cal Crutchlow também voltou a juntar-se à ação, com Quartararo a terminar em quarto e Morbidelli em 11.º.
Por fim, na Honda, Marc Márquez continuou a ter quatro motos à sua disposição, incluindo a moto experimental de ontem. As suas duas motos de desenvolvimento de 2023 têm chassis diferentes. Joan Mir – que já admite que está mais confortável na Honda, apesar de pouco tempo em piso seco no segundo dia – e Álex Rins (LCR) têm ambos duas motos de desenvolvimento de 2023, com as motos de Mir a terem também dois chassis diferentes. Rins, por seu lado, tem o mesmo chassis em ambas as motos e teve um dia positivo ao terminar no top-10, com Takaaki Nakagami com dois chassis diferentes também.
Amanhã decorre o último dia de testes, com o mesmo horário (das 2 às 10h15, hora portuguesa).
Top-10 combinado dos dois primeiros dias:
- Marco Bezzecchi (VR46) – 1:58.470 (Dia 1)
- Maverick Viñales (Aprilia) – 1:58.600 (Dia 1)
- Enea Bastianini (Ducati) – 1:58.732 (Dia 1)
- Jorge Martín (Pramac) – 1:58.736 (Dia 2)
- Miguel Oliveira (RNF) – 1:58.839 (Dia 2)
- Francesco Bagnaia (Ducati) – 1:58.857 (Dia 1)
- Pol Espargaró (GASGAS) – 1:58.881 (Dia 2)
- Fabio Quartararo (Yamaha) – 1:58.897 (Dia 2)
- Aleix Espargaró (Aprilia) – 1:58.941 (Dia 1)
- Johann Zarco (Pramac) – 1:58.966 (Dia 1)