MotoGP: Os altos e baixos da Yamaha

Por a 24 Julho 2019 10:38

Os dois pilotos da Yamaha começaram a época tentando colocar os fantasmas do ano anterior para trás das costas. As coisas pareciam estar a começar bem para ambos com Viñales a partir da pole position. Acabou por não ir além da sétima posição mas Rossi mostrou bastantes melhorias. Depois de uma qualificação menos boa, que o fez partir de 14º, acabou por terminar em quinto.

Na segunda corrida, na Argentina, enquanto que o italiano conseguiu o primeiro pódio da temporada, Viñales não pontuou. A sorte continuava do lado de Rossi com mais um pódio no Circuito das Américas. Apesar de ter conseguido pontuar, o espanhol continuou fora do top 10.

Nas duas corridas seguintes, os dois pilotos foram em caminhos opostos. Em Jerez de la Frontera foi a vez de Viñales brilhar com o primeiro pódio do ano, um terceiro lugar. Valentino Rossi teve menos sorte durante todo o fim-de-semana. Teve mais uma qualificação difícil, que o colocou na 13ª posição da grelha de partida. Saído atrás, surgiram as dificuldades para chegar à frente. Apesar de tudo, terminaria na sexta posição.

Chegado a França as coisas começaram a melhorar, conseguindo uma prestação bastante consistente. Partiu de quinto e terminou na mesma posição. Pior sorte para Viñales que voltou a não pontuar.

Alguns daqueles que almejavam ser os melhores circuitos para Valentino Rossi acabaram por se tornar no seu pior pesadelo. Chegado a Assen, o piloto da Yamaha sublinhou que este era um dos melhores fins-de-semana da temporada. Não há dúvidas de que as expectativas eram altas, principalmente porque nos últimos seis anos não terminou nunca fora do top 5. Para além disso, em quatro dessas seis provas foi ao pódio, sendo que três delas foram vitórias. Tudo indicava que esta seria a oportunidade de Rossi começar a subir na tabela mas todas esperanças caíram por terra quando o italiano foi à gravilha.

Relembro ainda que “The Doctor” já tinha sofrido uma queda na corrida anterior, na Catalunha quando se viu envolvido num incidente provocado por Jorge Lorenzo. No entanto, o azar de Rossi tinha começando antes de tudo isto, em Mugello, com mais uma queda. Dito isto, Rossi parece estar com algumas dificuldades não só em corrida mas também nas qualificações. Arrancou bem a temporada em ambos os aspetos com dois pódios em três corridas. No entanto, a partir daí, o caminho foi sempre para baixo. Resultados que não lhe permitiam seguir diretamente para a Q2, qualificações que deixavam muito a desejar e três corridas consecutivas sem pontuar, nas últimas quatro. Todos estes problemas levaram a que Rossi descesse ao sexto lugar do campeonato, atrás do seu colega de equipa.

Por oposição, Maverick Viñales parece ter encontrado, finalmente, o seu caminho depois de ter conseguido subir ao pódio nas últimas duas corridas. Em Assen, conseguiu a tão esperada vitória, mas está ainda longe de poder lutar com Marquez pelo campeonato.

Aquilo que poderá acontecer na segunda metade da temporada permanece uma incógnita. Ainda não houve uma corrida em que ambos os pilotos estivessem à mesma altura mas esperamos pelas próximas corridas e por um pódio com Rossi e Viñales até ao final do ano.

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Ana Rita Nunes
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