MotoGP, o Top 10 de 2020: 10, Alex Márquez

Por a 23 Dezembro 2020 15:00

Começando hoje e até ao último dia do ano, vamos fazer um Top 10 por ordem inversa dos melhores pilotos de MotoGP de 2020 na nossa opinião

Vista por que prisma for, a época de Alex Márquez foi sensacional

Não necessariamente pela ordem que eles acabaram o campeonato, porque isso diz-nos apenas dos resultados em corrida, mas sim por aquilo que vimos para lá disso: o esforço, o progresso, o brio das recuperações em corrida, mas também os pilotos prejudicados por azares que podiam ter acabado muito mais alto.

Começamos neste Top 10 pela ordem inversa, com Alex Márquez, rookie sensação.
Vista por que prisma for, a época de Alex Márquez foi sensacional, com o irmão mais novo de Marco Márquez a ser atirado literalmente para  lado fundo da piscina, perante uma nova e exigente moto e repentina ausência do irmão multi-campeão.

Márquez lutou com as dificuldades e erros habituais que se esperariam de um rookie: inicialmente, falta de ritmo, estranheza a tirar o melhor da moto e, fruto de qualificações para a grelha assim-assim, a necessidade de andar na parte trás do pelotão a lutar contra pilotos muito mais experientes, mas claramente menos talentosos nalguns casos, que o atrapalharam nas rondas iniciais .

Mesmo assim, começou logo por marcar quatro pontos no 12º lugar em Jerez como início da subida de forma para a segunda corrida no circuito Andaluz, que o levou a acabar em oitavo.

Brno a seguir apresentou mais dificuldades ao rookie da Honda Repsol, que marcou um único ponto em 15º, a que seguiu um 14º na Aústria.

Ainda pior viria na Estíria, uma das suas corridas fora dos pontos, como foi também San Marino a seguir.

Após essas duas corridas sem pontuar, de repente algo parece ter encaixado no lugar para Alex Márquez, que acabou num excelente sétimo no Grande Prémio da Emilia Romagna, começando a perceber como se tinha que guiar a exigente RC 213V.

Sendo assim, o 13º lugar na Catalunha desiludiu, mas a seguir viria a sua piece de resistance em França, no dilúvio de Le Mans, onde a sua suavidade o levou a terminar segundo atrás de Petrucci. Um primeiro pódio, e logo em segundo!

Não contente com isso, repetiu a façanha em Aragón poucos dias depois: esse novo segundo foi o seu ponto alto da época, um pódio no seco, porque a seguir no segundo Aragón e no GP da Europa em Valência, não marcaria quaisquer pontos, não terminado as primeiras duas e ficando de fora dos pontos na terceira.

Finalmente, em Portugal, Márquez viu de novo um bom resultado, ao conseguir um nono combatido, após lutar toda a corrida com Aleix Espargaró e Bradl.

Não há dúvida que para 2021, na Honda LCR ou não, teremos de contar com o irmão mais novo de Marc Márquez!

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Paulo Araújo
Jornalista especialista de velocidade, MotoGP e SBK com mais de 36 anos de atividade, incluindo Imprensa, Radio e TV e trabalhos publicados no Reino Unido, Irlanda, Grécia, Canadá e Brasil além de Portugal
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