MotoGP, O que torna Pedro Acosta tão especial? A análise de quem trabalha com ele
Pedro Acosta tem surpreendido tudo e todos desde que chegou ao MotoGP, com resultados e performances assinaláveis em praticamente todos os fins de semana. O seu crew chief, Paul Trevathan, e o seu engenheiro de dados, Alessio Capuono, falam sobre alguns dos segredos do espanhol.
Paul Trevathan “A posição corporal e a forma como usava tudo parecia que já estava na moto há seis meses. Estava super interessado em todas as partes técnicas, muito mais do que se encontra normalmente, perceber todos estes elementos rapidamente foi incrível. Ele usa muito o corpo e é importante para ele que todos os controlos estejam no sítio certo, para ele ter a liberdade de fazer tudo o que quiser, essa foi a parte em que tivemos de nos concentrar mais. Sempre que ele sobe à moto, faz algo melhor, ainda não vimos o limite. É preciso perceber tudo antes de se começar a travar, ele consegue ajustar constantemente, é a diferença entre ser excelente e ser bom. Graças ao seu crescimento, não mexemos muito na moto. Encontrámos um bom ponto de partida, usámos e mantivemos mais ou menos a base. Ele tem aprendido e percebido os limites. Os dados provavelmente ensinam-nos mais a nós do que a ele, ele faz sempre alguma coisa diferente. São todos pilotos fantásticos, mas ter a capacidade de usar todos os elementos para tirar sempre o máximo é mágico, o Pedro tem isso. Há outros pilotos que conseguem travar onde o Pedro trava, mas há outros elementos que mostram algo diferente. Há pilotos que chegam a cada 10 ou 15 anos e aumentam o nível, o céu é o limite”
Alessio Capuono “O que vemos nos dados é a diferença de performance em comparação com os outros. Ele segue todas as dicas que lhe damos e isso é visível nos dados. Nos testes de inverno, ele já percebia como interagir com a eletrónica. Essa é a parte mais difícil de uma moto de MotoGP, é diferente de qualquer outra moto no mundo”