MotoGP: O que motivou a extensão do contrato de Quartararo com a Yamaha?
Antes do terceiro GP da temporada, o director da Yamaha Racing, Lin Jarvis, e o piloto de fábrica, Quartararo, apertaram as mãos. As ‘juras de amor’ do fabricante, assim como um contrato ‘chorudo’, aparentemente motivaram o francês de 24 anos a permanecer com a equipa japonesa até 2026.
O talento extraordinário do ex-campeão é indiscutível. Fabio Quartararo e a Yamaha iniciaram a sua ligação com uma parceria de sucesso: título mundial do francês em 2021, na sua primeira época com a Factory Team, seguindo-se o título de Vice-Campeão em 2022. Veio depois o descalabro: Quartararo terminou a temporada seguinte num ‘apagado’ décimo lugar e está atualmente no 11º lugar na tabela, tendo somado apenas 15 pontos nos dois primeiros fins-de-semana.
Apesar de tudo, há razões de sobra para a renovação do francês com a Yamaha, inclusive financeiras. Com um rendimento anual estimado em cerca de 4,5 milhões de euros, “El Diablo” é um dos privilegiados nas corridas.
Certamente não é especulação afirmar que Fabio Quartararo não teria melhorado em termos de salário e estatuto se tivesse mudado para outra equipa (Aprilia? Ducati privada?). Somando a isto as ‘juras de amor’ do seu atual empregador, temos aqui outro fator importante a justicar a sua permanência. Ambos, Fabio e Yamaha, têm muito a agradecer um ao outro. A Yamaha ‘confiou’ no jovem piloto de Moto2, que só tinha uma vitória nessa categoria, quando lhe deu um ‘bilhete’ para o MotoGP em 2019, colocando-o numa equipa satélite e Quartararo ‘agradeceu’ com as primeiras vitórias.
É também um facto que a Yamaha vê Fabio Quartararo como o melhor piloto da M1 possível nos próximos anos e está preparada para pagar por isso. Há de facto um entendimento múto entre ambas as partes, Fábio e Yamaha confiam um no outro, tal como acontece com Pecco e a Ducati que também prolongaram a sua ligação até ao final de 2026. A única diferença é que Fabio Quartararo não tem uma moto vencedora.