MotoGP: O budget das equipas e a diferença colossal para a F1!
Os números dos acordos económicos entre a Dorna, fabricantes e equipas já são conhecidos e ficam a anos-luz dos apoios que auferem as equipas de Fórmula 1.
Saber quanto ganha uma equipa no MotoGP em comparação com uma equipa inscrita na F1 é uma comparação muito difícil e complexa, mas neste artigo podemos pelo menos analisar os acordos económicos existentes entre a Dorna e as equipas independentes envolvidas na classe maior do MotoGP, tentando fazer uma comparação com o que acontece nas quatro rodas.
As equipas privadas no MotoGP
Os detalhes do acordo de cinco anos assinado pela empresa de Carmelo Ezpeleta com as Equipas Independentes foram dados a conhecer pelos nossos colegas da Speedweek.com . De acordo com o site alemão, a Dorna Sports subsidia a Gresini Racing, Mooney VR46, Tech3, LCR, Pramac e RNF com números que se situam entre os 6,5 e os 7 milhões de euros por época por equipa. O acordo em causa foi assinado em 2021, quando ainda lá se encontravam a Esponsorama Ducati e a Yamaha Petronas, agora substituídas pela equipa de Valentino Rossi e pela estrutura satélite da Aprilia.
Neste contrato de cinco anos, a Dorna garantiu a estabilidade técnica das equipas até o final de 2026, assumindo os custos dos pneus Michelin e ECU’s padrão. Em troca, as equipas tiveram que concordar em disputar no máximo 22 Grandes Prémios por ano, apesar do cancelamento do GP da Finlândia em 2022 e do Cazaquistão neste ano, o que resultou num aumento do subsídio de 6,5 milhões recebidos em 2021 para os 7 milhões atuais. Por outro lado, foi reduzido o número de testes de inverno, que não geram dinheiro e transmissões de televisão ao vivo.
Além disso, se um fabricante fornecer a uma equipa uma taxa de aluguer de 2,2 milhões de euros , a Dorna recompensa o fabricante (Ducati, Aprilia, KTM e Honda) através de um incentivo de um milhão de euros por cada moto cedida para a gestão de uma equipa satélite. Por exemplo, a Ducati gere três equipas clientes desde 2022, mas só recebe subsídios para uma equipa satélite, concretamente a Pramac, à qual está ligada há mais tempo que a VR46 e a Gresini. A Yamaha, que este ano não tem equipas independentes, vai receber apenas 500 mil euros da Dorna , veja-se a descrepância de valores!
Dos 70 milhões da Dorna aos 950 milhões da FIA
Incluindo ainda o Moto2 e o Moto3, que têm agora financiamentos mais substanciais do que no passado, a Dorna distribui quase 70 milhões de euros a fabricantes e equipas envolvidas no campeonato do mundo, dinheiro que vem da venda dos direitos televisivos.
Todos estes números são consideráveis, mas nada comparáveis à F1, onde mais de 950 milhões de euros são distribuídos pelas 10 equipas da grelha com contratos muito diferentes. E com uma diferença: enquanto na MotoGP todas as estruturas envolvidas recebem o mesmo bónus, na F1 os valores atribuídos dependem dos resultados alcançados por cada fabricante no presente e no passado recente.
Fotos: MotoGP.com