MotoGP, Marc Márquez recorda os bons e maus momentos que passou na Honda

Por a 24 Novembro 2023 08:32

Marc Márquez fará este fim de semana o seu último Grande Prémio pela Honda, após 11 anos em que conquistou seis campeonatos. O espanhol fez um balanço de todas as épocas, recordando os momentos dentro e fora de pista com a sua equipa, ressalvando que os elementos da equipa serão amigos para toda a vida.

“Tivemos muitos bons momentos, 11 anos e seis campeonatos, imaginem os momentos que tivemos. Mas se tiver de escolher um, escolho talvez a primeira vitória em Austin, ninguém esperava. Foi muito bom lutar e vencer o Dani Pedrosa, Jorge Lorenzo, Valentino Rossi, todos os nossos ídolos. Se tiver de escolher um momento fora de pista para manter para sempre, não vai ser no circuito. Passei muitos momentos com a minha equipa em casa, em jantares, festas, casamentos e somos amigos. E vão continuar a ser meus amigos, não interessa o que fazemos no futuro. Não interessa se estamos aqui ou em casa, porque ser piloto não é para toda a vida, mas os amigos são. Os elementos da minha equipa são meus amigos. Criámos um grupo de WhatsApp em 2014, o nome do grupo é ‘King Team’, mostrámos que fomos a ‘king team’ durante muito tempo, ganhámos seis dos 11 anos e fomos a ‘king team’. Não posso explicar as festas, mas uma das melhores foi Austin 2019, onde caímos, mas foi uma das melhores festas. Foi uma festa inesperada, começámos com umas caipirinhas num restaurante brasileiro e foi uma das melhores”, disse.

“O equilíbrio da equipa é muito bom. O Santi está muito nervoso às vezes, tem sempre a situação sob controlo, mas a reação dele é sempre mais agressiva. O Carlo é calmo e precisa de ser calmo para estar muitas horas à frente do computador. Aponto para ele muitas vezes, conduzir uma moto de MotoGP é lutar contra a eletrónica e o Carlo é muito racional. Os mecânicos constroem a moto, mas estão sempre em festa. Muitas piadas, mas são os melhores mecânicos, porque eu caio muitas vezes. Quando sou forte na pista, tudo é mais fácil, mas às vezes não era forte o suficiente e ter o Santi ao lado, com toda a sua ajuda, chamamos-lhe o mágico. Às vezes, ele vai dormir e depois chega com uma nova ideia que aplicamos no warm up. É uma pessoa com caráter e preciso de uma pessoa dessas ao meu lado. Se ele precisar de lutar contra o mundo por mim, vai fazê-lo. Eu cometo erros e ele também, lembro-me de um na Austrália. Eu estava a lutar pelo campeonato, foi um erro dele e ficou completamente destruído. Eu disse-lhe que ele era humano e só cometeu um erro toda a época. Isso deu-me motivação extra para ganhar o campeonato. A partir de agora e até ao fim, não sei o que vai acontecer, ainda tenho muitos anos para percorrer. Mas o meu período com mais sucesso foi nestes 11 anos e vou ser sempre piloto da Repsol Honda”, referiu.

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Bernardo Figueiredo
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