MotoGP, Marc Márquez e a Honda: “Quando os números não aparecem numa grande empresa… tem que haver mudanças”

Por a 1 Outubro 2023 07:54

Marc Márquez não só explicou o seu sétimo lugar na sprint de MotoGP ao canal DAZN, como também comentou sobre a decisão da Honda de dispensar o seu diretor técnico geral, Shinishi Kokubu, que será substituído por Shin Sato.

“Foi um pouco como todas as corridas de velocidade: começamos bem, mas os nossos pneus começaram a afundar na volta 4 e os pneus deles resistiram até a volta 7-8. E eles (os rivais) estavam muito rápidos. Comecei com entusiasmo desde aa primeira volta, até pressionei o Pecco no começo, mas depois sabia que ia perder. Já vimos a tendência de como será a corrida longa amanhã. Na largada e nas primeiras volta sinto-me bem, mas, aí, quando o pneu perde eficácia, perdemos aquela tração que tanto nos falta – que na Índia não faltou tanto porque era mais limitada pela pista e pelo pneu. Aqui, por outro lado, o outros têm esse extra de vantagem sobre nós.” Disse o oito vezes campeão mundial.

“Na afinação somos iguais. No final, todas as Honda seguiram o caminho que Santi (Hernández, o seu mecânico-chefe) e o seu grupo marcaram desde Misano. Estamos seguindo um caminho totalmente diferente daquele que eles recomendaram e foi melhor. Todos os pilotos Honda se sentiram melhor. Mas presto pouca atenção ao ritmo das outras Hondas. Presto atenção aos que estão na frente e sim, fiz uma ótima corrida, mas houve voltas em que eles estavam sete décimos ou oito segundos à minha frente: “Portanto, ainda há muito a melhorar. É aí que temos que trabalhar.”

“São mudanças importantes”, explica Marc Marquez. “Pelo menos há uma reação. É claro que quando um projeto está nessa situação significa que tem que haver mudanças. Quando em uma empresa grande os números não saem… aí tem que haver mudanças quase sempre por parte de quem está no topo. É isso que está a acontecer. Há mudanças na Honda. Acredito que a estrutura que existe é boa, é muito humana, é muito trabalhadora, mas é verdade que o caminho que tem sido percorrido nos últimos anos não tem sido bom a nível técnico. Em 2020 e 2021 quase não estive na pista e quando cheguei descobri que havia outro rumo na moto. Não é que esta moto seja pior que as outras. Estamos mais rápidos do que naqueles anos de 2019, 2020 ou 2021, mas os outros melhoraram mais.É muito bom para a Honda reagir e contratar novas pessoas, investigar e alcançar o nível que a Ducati e a KTM  têm neste momento.”

“O tempo dirá. Quando há mudanças humanas, elas precisam de tempo. Isso não significa mudar as pessoas e de um mês para o outro tudo vai bem. Quando mudam as pessoas, elas terão as suas ideias,terão suas teorias, mas é aí que é preciso tempo, vamos ver com o passar dos meses, no ano que vem, se há reação ou não.” Concluiu o MM#93.

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Ricardo Ferreira
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