MotoGP: KTM quer um ‘Dream Team’ na Tech3, impedindo o acesso de Oliveira e Fernandez à RNF Aprilia em 2023

Por a 12 Julho 2022 10:56

A marca austríaca parece ter todos os trunfos na mão para o destino dos seus pilotos em 2023. Obrigações contratuais restritivas e um ‘maço de notas’ na mão suficiente para estragar os planos da Aprilia e de Razlan Razali para o próximo ano.  

Para este ano, a Aprilia foi das primeiras marcas a confirmar a sua equipa de fábrica, assegurando a continuidade de Aleix Espargaró e Maverick Viñales. A novidade para o próximo ano foi a criação de uma nova estrutura  satélite. A RNF Racing deixa a Yamaha para utilizar as RS-GP de Noale em 2023, mas ainda não confirmou nem o pode fazer com nenhum dos seus pilotos. A acontecer alguma confirmação esta nunca deve acontecer antes meados de Setembro, quando as cláusulas de Miguel Oliveira e Raul Fernandez com a KTM expiram.

Começando por Raul Fernandez, claro que o jovem piloto espanhol ficaria feliz em pilotar para a RNF Racing numa Aprilia, mas para isso a Aprilia teria de pagar uma cláusula de rescisão de mais de um milhão de euros!

No caso de Miguel Oliveira a solução não é mais fácil para a RNF. A entrada de Pol Espargaró na Tech3 está fechada e para a outra moto da equipa-satélite o o que a KTM quer é ter Miguel Oliveira , que a princípio negou categoricamente que ia dar esse passo atrás mas que pode estar de facto a pensar nisso, uma vez que a oferta contratual da Tech3 é muito maior do que a Aprilia lhe oferece para ficar na RNF Racing. Assim, Razlan Razali têm um ‘caso bicudo’ para resolver, terá de ser paciente e esperar. E no caso da KTM conseguir reter os seus dois pilotosOliveira na equipa, o proprietário da RNF vai ter que achar alternativas.

O seu ‘Plano B’ pode passar por pilotos ‘low cost’ como Remy Gardner, Darryn Binder ou Lorenzo Savadori. Caso Oliveira aceite ficar na KTM, isso significa que Remy Gardner fica sem moto e que terá que procurar outro lugar, encaixando na equipa satélite da Aprilia. Com Raul Fernandez a  KTM tem uma opção unilateral no contrato de renovar com Fernández e parece que gostariam de torná-lo efetivo, deixando-o em caso, ou dando a possibilidade do espanhol regressar à Moto2.

Em resumo, qualquer marca que queira Fernández terá que pagar mais de um milhão de euros à KTM por ele e poderiam fazer o mesmo com Gardner, mas é muito pouco provável que o australiano campeão mundial aceite essa situação: ser pago para ficar em casa com uma espécie de pulseira eletrónica!

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Ricardo Ferreira
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