MotoGP, Jorge Martín (1.º): “O meu momento vai chegar quando for piloto de fábrica”
Jorge Martín teve um fim de semana de máximo rendimento em Misano, com pole position, vitória na sprint e vitória na corrida de hoje, liderando todas as voltas. Martín reduziu a distância no campeonato para Pecco Bagnaia, mas recorda que é apenas um piloto-satélite.
“Ganhar aqui finalmente, na casa da Ducati, é incrível. Foi difícil, senti muita pressão dos pilotos italianos, estavam muito bem hoje. Estava calmo, pensei sempre que o meu momento na corrida ia chegar e tentei apenas manter a liderança. Quando ouvia os motores deles, puxava um pouco mais para manter a liderança, e, assim que vi mais fraquezas deles, puxei ainda mais para ganhar. Não estávamos a puxar muito nas primeiras voltas, tínhamos todos uma pequena margem, e acho que, quando estás em modo corrida e tomas analgésicos, não sentes muito. Lembro-me de correr com muitas lesões e conseguir bons resultados. Eles sentiram, mas, durante a corrida, com toda a adrenalina, é difícil sentir”, disse.
“Estava a tentar manter alguma margem física, manter o corpo fresco para poder puxar quando tivesse essa possibilidade. Assim que vi que só tinha três décimos, puxei durante três voltas em modo qualificação, a arriscar muito na travagem, mas valeu a pena para aumentar a distância para 2.3. Depois vi que o Marco me estava a tentar apanhar, mas continuei a puxar para manter a distância até ao fim, as últimas voltas foram um risco, mas ganhar em Itália, na pista da Ducati, à frente deles, é importante. Acho que não é a minha responsabilidade ganhar o campeonato para a Ducati. Se tiver essa possibilidade, vou aproveitar, mas sou um piloto-satélite e não um piloto de fábrica. O meu momento vai chegar, quando estiver nesse lugar, mas não estou ainda. Tento desfrutar do momento, é a chave para ganhar corridas. O meu momento para ganhar campeonatos, quando for piloto de fábrica, vai chegar”, referiu.