MotoGP, Jorge Lorenzo: “As marcas japonesas foram uma decepção no Qatar”

Por a 14 Março 2024 15:28

Jorge Lorenzo destacou que a Honda e a Yamaha tiveram um desempenho ‘muito pobre’ no GP do Qatar.

Os fabricantes japoneses estão em processo de receber benefícios de concessões, mas é muito cedo para que os seus resultados sejam alterados. Fabio Quartararo, da Yamaha, em 11º, foi o piloto mais bem colocado com uma moto japonesa na abertura da temporada de 2024.

“As marcas japonesas foram uma decepção no Qatar”, disse o maiorquino ao diário espanhol Mundo Deportivo. “A Honda e Yamaha estão muito distantes. E a estreia do Luca Marini com a Repsol Honda foi muito má.”

Questionado se a Honda e a Yamaha poderiam usar a ajuda ao desenvolvimento deste ano para priorizar a mudança no regulamento da MotoGP de 2027, Lorenzo acha que as marcas japonesas desejarão um retorno rápido do investimento feito.

“Todos os anos, as marcas investem muito dinheiro e ninguém gosta de jogá-lo fora. Ninguém gosta de não obter bons resultados. Eles deveriam tentar ser competitivos o mais rápido possível.”

Os motores das motos de MotoGP reduzirão de tamanho a partir de 2027, uma mudança com a qual Lorenzo concorda.

“Com a mudança nos regulamentos, no MotoGP eles estão no caminho certo quando planeiam reduzir um pouco a potência, até porque as motos estão a andar, talvez, demais. Estão a chegar quase aos 370 km/h, é muita velocidade. A limitação da aerodinâmica pode ser outro sucesso. As motos agora andam muito rápido nas curvas e geram muita turbulência, então não se vê ultrapassagens que poderiam ocorrer sem essas barbatanas e apêndices.”

As motos de MotoGP estão irreconhecíveis desde quando Lorenzo iniciou a sua carreira na categoria rainha.

“A tecnologia é importante, pois o que é aplicado nos circuitos acaba por vir a ser aplicado nas motos de rua e é algo positivo na hora de vender motos mais seguras. Mas, também é verdade que, igualmente, o espectador não aprecia que as motos de corrida se assemelhem estética e tecnologicamente a uma mini Fórmula 1. Se retirar as asas gerar menos turbulência, os pilotos sofrerem menos nas ultrapassagens e as motos andarem um pouco mais lentas nas curvas, nós seremos beneficiados.”

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Ricardo Ferreira
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