MotoGP, Japão: Redenção japonesa ou sucesso europeu em Motegi?

Por a 22 Setembro 2022 10:18

Os três diapasões voltarão ao sucesso ou serão atacados pelas Desmosedici? Sendo a Honda proprietária do circuito, Marc Márquez terá uma responsabilidade adicional. E o canhão solto da Aprilia? E a KTM e o último adeus da Suzuki? Tudo isto são perguntas que terão respostas no próximo fim-de-semana, por ocasião do Grande Prémio do Japão.

Estamos de volta às corridas no Japão, neste caso a Motegi, onde o campeonato do mundo não passa desde 2019, antes da pandemia.  Nesse ano venceu Marc Marquez com a Repsol Honda, Fabio Quartararo levou a Petronas Yamaha ao segundo lugar e Andrea Dovizioso subiu ao último lugar do pódio com a Ducati. O português Miguel Oliveira terminou no 12º lugar com a Red Bull KTM Tech3, logo atrás de Pol Espargaró com a KTM de fábrica.

Desde então passaram três anos, um período em que muitas coisas mudaram. Por exemplo, o MotoGP não verá a presença de Valentino Rossi, o campeão mundial não é Marc Marquez, mas sim Fabio Quartararo . Exatamente, o francês vai honrar a marca na pista local, ou ainda vai ter que baixar a cabeça?

Os chefes de equipa dos fabricantes japoneses estão muito entusiasmados com o evento agendado para o fim de semana. Aqueles que defendem que para os japoneses a corrida mais sentida do ano são as 8 Horas de Suzuka , deveriam ir a Motegi, entendendo assim que – pelo menos em parte – não é bem assim.

A gestão de Iwata vai pedir a Quartararo um trabalho extra, ou seja, que fique à frente o máximo possível, de preferência na frente de todos . Como se fosse fácil, como se as Ducatis não estivessem correndo . A única M1 forte está nas mãos do número 20, as Ducati são competitivas com pelo menos 6 pilotos – a diferença é abismal!

Pecco Bagnaia e Enea Bastianini vêm de duas vitórias, Misano e Aragão, a Ducati desembarca no país do sol nascente depois de 5 vitórias consecutivas. Fabio Quartararo não vence desde o Grande Prémio da Alemanha.  Os dados mais recentes apontam a Ducati como favorita no Twin Ring, mas, de 2012 a 2019, a marca de Bolonha conquistou apenas uma vitória: Andrea Dovizioso em 2017.

Os caminhos de 2022 da Honda e Suzuki são tristes. Perderam ideias e performances os de Tóquio, e em Hamamatsu, a cabeça e a vontade de participar. Contúdo, conhecendo bem o orgulho local, juram fazer um teste de redenção para ambas as marcas. A pista pertence ao gigante da Asa Dourada, Quartararo será pressionado pelos líderes da Yamaha. O HRC e as RC 213V têm que se sair bem em Motegi, ponto final. A GSX-RR tem que se despedir com honra, ponto final. Alex Rins e o wildcard Tsuda – que substituirá Joan Mir – defendem a honra da Suzuki.

No contigente Europeu, a Ducati, e também a Aprilia vão dar o seu melhor. Pecco, Eneia e Aleix Espargarò estão na luta pelo título. Um pódio da RS-GP de Noale, ou até mesmo um triunfo na casa japonesa… teria um efeito semelhante a um Tsunami em Moregi! Falando da KTM, há um enorme ponto de interrogação. A verdade é que Brad Binder foi forte no Motorland, mas falta o pódio ao fabricante austríaco, que não pisa desde o triunfo alcançado na chuva em Mandalika por Miguel Oliveira. Veremos se um possível aguaceiro, dará a possibilidade de se repetir esse sucesso.

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Ricardo Ferreira
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