MotoGP, Jack Miller (1.º): “Nunca pensei que ia ganhar uma corrida assim”

Jack Miller venceu o Grande Prémio do Japão de forma autoritária, com uma margem grande para a concorrência. O australiano estava muito satisfeito, dizendo que se sentiu incrível em todas as sessões. Apesar de a qualificação ter ficado aquém, Miller sentiu-se perfeito durante a corrida.

“Desde que começámos aqui na sexta-feira, senti-me incrível na moto, tudo se tornou fácil pela forma como a moto estava a funcionar. Tudo o que testámos melhorava, e ontem senti-me muito bem na sessão da manhã, à chuva. Pensei que ia ter uma boa qualificação, mas não correu como planeado. Em condições de chuva, sinto que posso desafiar os pilotos da frente, mas estava a ter dificuldades. Estava um pouco irritado, sabia que o sétimo lugar ia tornar as coisas um pouco mais difíceis hoje. Ontem disse à minha equipa que íamos ganhar, já o disse muitas vezes e nunca acontecia, feliz por ter acontecido hoje. Tive um bom arranque, consegui ultrapassar de forma relativamente fácil. Nunca é fácil passar pilotos como o Márquez e o Oliveira, mas senti-me confiante. Sabia onde estavam as minhas referências, fiz muitas voltas sexta-feira e senti-me logo confortável. Consegui chegar à frente, era esse o plano, e depois fui aumentando a vantagem. Pensei que, se pudesse manter à volta dos quatro segundos, estaria seguro. Quando cheguei à volta dos 3.7, comecei a acalmar as coisas. Mas mesmo a fazer isso fui ganhando uns décimos aqui e ali. Senti-me incrível, nunca conduzi tão bem uma moto na minha vida, estava a conduzir com um sorriso na cara. Tive algum arm pump, mas foi incrível conduzir assim”, disse.

“Conseguia bloquear a frente quando chegava à curva 11 nas ultrapassagens, também passei o Brad ali. Estava a bloquear cedo na zona de travagem, mas senti que estava controlado. Consegui atacar essa curva a fundo, volta após volta, foi fantástico”, referiu.

“A volta 9 foi a primeira em que eu troquei a mapa. Tínhamos um plano para trocar de mapa à volta 11, mas eu pensei que, como tinha alguma margem, ia trocar logo. A moto ficou um pouco mais calma. Consegui fazer tudo perfeito e fiz o 45.1. Foi fantástico fazer esse tempo na nona volta. Nunca pensei que ia ganhar uma corrida assim, a dominar desta forma, é um sentimento incrível. Não desistimos, mesmo com a assinatura, ainda estamos a trabalhar muito para atingirmos os melhores resultados possíveis antes de sair”, concluiu.

Bernardo Figueiredo

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