MotoGP, Itália: Os pneus Pirelli disponíveis para as classes Moto2 e Moto3

Por a 29 Maio 2024 16:00

O Grande Prémio de Itália, a sétima ronda da época, terá lugar no próximo fim de semana no Circuito Internacional de Mugello. A pista da Toscana, com a sua variedade de curvas e mudanças de altitude, representa uma boa oportunidade para os pilotos e equipas de Moto2 e Moto3 colocarem em prática os conhecimentos adquiridos nos primeiros GPs deste ano com os pneus Pirelli.

Para este evento, a Pirelli fornecerá aos pilotos de ambas as classes a alocação padrão de 2024: Pneus slick DIABLO Superbike, na frente nos compostos SC1 (macio) e SC2 (médio) para ambas as classes; na traseira as opções são SC0 (macio) e SC1 (médio) para Moto2™ e SC1 (macio) e SC2 (médio) para Moto3™. Depois há a solução DIABLO Rain para piso molhado no composto SCR1 tanto para a frente como para trás.

Giorgio Barbier, director técnico da Pirelli para os Grandes Prémios, referiu a propósito das melhores soluções para as duas categoria no circuito de Mugello:

“No Mugello e no caso de termos temperaturas elevadas, como é de esperar dada a época, as soluções macias podem ser o compromisso certo entre desempenho e durabilidade, enquanto os compostos médios podem ser adequados para as sessões da manhã, caso esteja mais frio e húmido, ou para as primeiras sessões com uma pista menos limpa.

As exigências para os pneus neste circuito são o apoio na travagem e na entrada das curvas, a agilidade nas mudanças de direção e a estabilidade nas curvas rápidas. Sabemos que o asfalto oferece uma boa aderência e não é excessivamente abrasivo. Estamos no sétimo GP da época e as equipas começam agora a conhecer melhor os nossos pneus, tendo tido a oportunidade de os testar em diferentes condições de utilização e em diferentes pistas. No circuito de Mugello terão de pôr em prática os conhecimentos adquiridos até à data para encontrar a configuração que melhor se adapta às particularidades desta pista”.

Os ‘segredos’ do Circuito de Mugello

O traçado de Mugello tem 5245 metros de comprimento e é composto por um total de 15 curvas, 9 à direita e 6 à esquerda. A estabilidade e a precisão dos pneus são fundamentais para fazer face às numerosas mudanças de direção e à grande quantidade de curvas, que alternam secções rápidas e lentas, com variações contínuas de inclinação entre subidas e descidas sucessivas.

  • Travagem, entrada e andamento: existe apenas um sector de travagem significativo, o da curva 1, a mais lenta do circuito, que os pilotos enfrentam a partir da reta de 1141 metros, a mais longa do campeonato do mundo, na qual são frequentemente marcados novos recordes de velocidade. Durante esta travagem, o pneu dianteiro sofre normalmente um aumento significativo e súbito de temperatura.
  • A estabilidade da frente é apreciada à entrada da curva 6, a primeira de um S em descida que incita os pilotos a retardar a travagem para tentar manobras de ultrapassagem.
  • A 7, à saída do S, e as subsequentes 8 e 9, denominadas “Arrabbiate”, são as curvas onde o pneu traseiro é sujeito a fortes cargas laterais e longitudinais, dado que as motos estão constantemente a acelerar com ângulos de inclinação consideráveis.
  • Na 15, a última curva, a estabilidade e a tração são os elementos-chave para obter uma boa velocidade máxima na reta seguinte.

Factor temperatura: devido à localização do circuito, situado num vale entre as colinas da Toscana, e à data do Grande Prémio, perto do verão, o calor poderá tornar-se um fator crucial do fim de semana. Em caso de temperaturas elevadas na pista, os pneus mais macios poderão ser a melhor escolha para enfrentar a corrida, tendo também em conta o facto de o asfalto não ser muito abrasivo.

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Ricardo Ferreira
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