MotoGP: “Há muito que esperamos por isto” – Brasil reage ao GP em 2022

Por a 12 Outubro 2019 18:39

As estrelas do passado e do presente do MotoGP no Brasil têm reagindo às notícias de que o Mundial volta ao Rio de Janeiro em 2022. O último brasileiro a competir na categoria rainha, Alex Barros, considerou as notícias fantásticas e uma oportunidade incrível para todos os jovens pilotos brasileiros de representar seu país de origem.

Enquanto isso, o atual concorrente da Copa do Mundo Enel MotoE, Eric Granado, disse que seria “um sonho” competir no primeiro Grande Prémio do Brasil desde 2004, quando o paddock de MotoGP aterrar no novíssimo Rio Motorpark.

“Esperámos muito tempo por isto, porque no Brasil falta um circuito que ajude a crescer e promover o motociclismo no nosso país”, disse o ex-vencedor de MotoGP, Alex Barros. “Um dos problemas ao trabalhar com jovens pilotos é que existem muito poucos circuitos bons. Por isso, nós precisamos mesmo do circuito do Rio. Isso será muito importante.”

“O projeto deixa-me muito feliz porque temos bons jovens pilotos como o Diogo Moreira na Copa dos Talentos da Europa. Ele tem 15 anos, mas já é muito competitivo. Até 2022, esses pilotos estarão no Campeonato do Mundo.”

“O Brasil pode-se tornar num dos mercados de motos mais importantes do mundo. É por isso que o Grand Prix é importante. É para os fãs, mas também para o mercado e o interesse comercial. Precisamos de ter um Grande Prémio em casa. Muitos brasileiros visitam o Grande Prémio da Argentina e precisamos de tê-lo aqui novamente.”

“Para um brasileiro andar em casa é fantástico. A arquibancada do antigo circuito tinha um quilómetro de comprimento e toda vez que eu lá passava, havia uma onda de barulho. Apesar dos tampões de ouvidos e do barulho do motor, eu podia ouvir o meu pessoal. Eu sempre recebia um impulso extra quando andava em casa.”

“Perdi a vitória em casa por um fio. Estou confiante de que pilotos como Moreira receberão o que perdi e sempre desejei no futuro. Também será um desafio pessoal para mim, como treinador, tentar contribuir. Isso me faria feliz.”

Granado, entretanto, diz que não há maior motivação para voltar a tempo inteiro ao Campeonato do Mundo, com o Grande Prémio do Brasil agora no horizonte: “Estou muito, muito feliz. Estou esperando por isso há algum tempo. Na minha experiência de pilotagem no Campeonato do Mundo, nunca tive a chance de pilotar em casa, mas agora espero poder competir num Grande Prémio em casa.”

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Paulo Araújo
Jornalista especialista de velocidade, MotoGP e SBK com mais de 36 anos de atividade, incluindo Imprensa, Radio e TV e trabalhos publicados no Reino Unido, Irlanda, Grécia, Canadá e Brasil além de Portugal
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