MotoGP, Fabio Di Giannantonio (1.º): “Acho que estou a fazer tudo a tempo”

Fabio Di Giannantonio explicou os segredos por detrás da sua primeira vitória no campeonato do mundo de MotoGP, conseguida hoje no Qatar. O italiano ainda não tem lugar na grelha para 2024, mas acredita que está a fazer as coisas nos respetivos prazos.

“Foi uma noite incrível, fomos rápidos todo o fim de semana. Depois de ontem, pensei que poderíamos ter uma hipótese clara de as coisas funcionarem e tenho de dizer que a minha equipa é fantástica. Assim que o Frankie Carchedi se juntou à equipa, começámos a trabalhar juntos, começámos a aumentar a performance corrida após corrida e hoje foi tudo perfeito. Planeámos cada volta e correu tudo de acordo com o plano. Quando ultrapassei o Pecco, vi que ele cometeu um erro e não queria acreditar, conseguimos. É um momento fantástico e estou muito grato por isto. Tens de trabalhar e acreditar, ninguém te pode dar confiança. É uma pena que as pessoas achem que confiança é arrogância, mas não é arrogância, é algo que te ajuda a puxar mais. Fui construindo a minha confiança, melhorando e aprendendo, cheguei aqui a pensar que sou um piloto completo e podia dar outro passo, que demos”, disse.

“Não esperava ter o Pecco à frente naquele momento da corrida, o Pecco tinha tido dificuldades durante o fim de semana. Mas era o Pecco, tinha de ter cuidado e tive alguma pena, se lhe tirasse pontos, era mau para o campeonato dele. Mas planeámos fazer a ultrapassagem a quatro ou cinco voltas do fim, o mapping 8 era o momento para isso. Foi um bom sinal, porque nunca consegui ver o meu pitboard e não sabia quantas voltas faltavam. Quando vi o mapping 8, vi que tinha de fazer a manobra, tentei fazê-la o mais limpa possível e consegui. Acho que estou a fazer tudo a tempo, é apenas o meu segundo ano no MotoGP e estamos no melhor campeonato do mundo, no mais alto nível. O último classificado de hoje é um campeão do mundo. É preciso tempo para que as coisas funcionem, conseguimos hoje, mas acho que chegámos a tempo, espero que consigamos virar a situação. Se vires a minha última volta, é uma volta de merda. Estava a falhar todas as curvas, vi que tinha uma grande distância, estava a gritar e era uma explosão de emoções. Pagava todo o meu dinheiro para reviver este momento”, referiu.

Bernardo Figueiredo

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