MotoGP, Enea Bastianini (4º): “A início não foi fácil andar sem as asas traseiras”

Quase sem se dar por ele, Enea Bastianini levou a moto da Gresini ao 4º lugar e foi o melhor piloto dos Independentes, apesar de ter perdido uma asa dianteira da sua Ducati no arranque.

Enea Bastianini que ficou em ‘sandwiche’ na curva de largada do GP de Silverstone pelos seus colegas de marca Jorge Martin e Marco Bezzecchi, acabou por perder a asa esquerda e desde cedo viu-se fora do top 10. Apesar do contratempo, o italiano foi de faca nos dentes à procura dos adversários e na última volta ainda arrebatou o quarto lugar de Martin, o seu principal rival na luta por um lugar na equipa de fábrica da Ducati Lenovo em 2023.

“Este resultado foi importante e certamente mais uma ajuda para quem tem de tomar uma decisão – sorriu Bastianini. Todos sabemos que o Jorge é um piloto muito forte. Conhecemos o seu valor e seu talento. Então vamos ver como será o futuro. De qualquer forma, acho que temos uma boa base. Haverá uma decisão final em Misano”, concluiu o piloto da Gresini, referindo-se ao GP caseiro no primeiro fim-de-semana de setembro.

Curiosamente e depois de nos treinos livres o Team Gresini ter sido uma das equipas eleitas pela Ducati para usar as novas asas traseiras, na corrida Bastianini acabou por não as utilizar.  

“No início da corrida não foi fácil perceber como se anda sem asas traseiras, mas a partir de meio caminho consegui fazer uma grande corrida. O quarto lugar é certamente um bom resultado, mas chegar tão perto do pódio sem conseguir o resultado deixou-se um sabor estranho. Fizemos um grande regresso e pouco importa quem ultrapassei, o importante era chegar o mais alto possível e conseguimos. Quanto às asas pokémon, tive saudades delas na corrida”.

Concluiu o italiano, atual quarto classificado no Mundial de Pilotos logo atrás de Pecco Bagnaia – presumível companheiro de equipa de Bastianini no futuro.

Ricardo Ferreira

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